A maioria dos cristãos que conheço ainda vive andando a volta do “monte Sinai”, sofrendo as angústias do encontro com um Deus pavoroso; e se há qualquer “demora”, acabam por liberar suas “pulsões” na direção do Bezerro de Ouro. Assim, existem entre o terror de Deus ou, então, entregam-se à libertinagem!
Veja pequenas comparações entre andar conforme o espírito de Jesus e andar conforme o espírito de Moisés.
Moisés subiu para se encontrar com o Deus da Lei. Jesus subiu para contemplar o Pai.
Moisés não podia ver a Deus. Jesus via o Pai.
Moisés voltou com Tábuas de Pedra. Jesus desceu com a Voz do Pai: “Este é meu filho!”
Moisés cobriu o rosto para encobrir aquilo que nele já se desvanecia. Jesus foi glorificado e desceu com o rosto natural e desvendado.
Moisés subiu sozinho. Jesus levou os amigos!
Moisés experimentou Deus como trovões, relâmpagos, forte clangor de trombetas, e nuvem tomada de profunda escuridade. Jesus, além dos amigos, teve a companhia de Moisés e Elias, os quais, em Sua presença, “conversavam sobre sua partida que estava para se cumprir em Jerusalém”, e o ambiente era de paz e quietude, a ponto dos amigos de Jesus sentirem sono e até dormirem, enquanto a nuvem que os cercava era luminosa.
Moisés subiu para o Encontro com o terror — e o povo dizia: “Terrível é este espetáculo!”—, e desceu para encontrar o povo adorando um bezerro de ouro no meio de um bacanal. Jesus subiu para um Encontro de Amor, e, quando desceu, encontrou o diabo, tentando subjugar um ser humano, ao qual Ele libertou.
Moisés desceu e encontrou uma festa de alegrias desesperadas. Jesus desceu e encontrou as pessoas sem alegria e em desespero impotente, e lhes trouxe alegria.
Moisés quebrou as Tábuas da Lei e fez o povo beber as cinzas. Jesus quebrou cadeias do diabo e aumentou a fé dos que viram sua Graça.
A Lei foi desobedecida, e os que a quebraram ficaram rodando 40 anos pelos mesmos lugares. Jesus encontrou um grupo que não se preocupava com a Lei, os quais não andaram em círculos, pois apenas o seguiam.
Nas palavras de Paulo:
E é por intermédio de Cristo que temos tal confiança em Deus; não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus, o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente, como não será de maior glória o ministério do Espírito! Porque, se o ministério da condenação foi glória, em muito maior proporção será glorioso o ministério da justiça.
Porquanto, na verdade, o que, outrora, foi glorificado, neste respeito, já não resplandece, diante da atual sobreexcelente glória. Porque, se o que se desvanecia teve sua glória, muito mais glória tem o que é permanente. Tendo, pois, tal esperança, servimo-nos de muita ousadia no falar. E não somos como Moisés, que punha véu sobre a face, para que os filhos de Israel não atentassem na terminação do que se desvanecia. Mas os sentidos deles se embotaram. Pois até ao dia de hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que, em Cristo, é removido. Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Quando, porém, algum deles se converte ao Senhor, o véu lhe é retirado.
Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito. Pelo que, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade.
Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós mesmos como vossos servos, por amor de Jesus. Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo.
Ora, o mesmo véu que esteve e ainda está posto sobre o rosto dos filhos de Israel, ainda subsiste, e se renova como véu de encobrimento da revelação da Graça. Portanto, “os filhos de Israel”, nesse caso, são todos os que, judeus ou gentios, buscam servir a Deus segundo o ministério da Lei, o qual é também o ministério da morte.
Então, responda: Emocionalmente, você é discípulo de Jesus ou é ainda discípulo de Moisés?
Pense nisso!
Caio
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