Quem escreveu o Eclesiastes na Bíblia disse que usou o critério existencialista a fim de buscar uma mediação entre a percepção e o quer que fosse Realidade na Existência.
De tal Existência ele tirou tudo, inclusive Deus...
Então, dedicou-se ao provar, ao sentir, ao experimentar...; sem culpa, sem medo, sem temor de nada, sem nada acima e sem nada abaixo.
Assim, dedicou-se ao erotismo, ao hedonismo, ao esteticismo, ao produtivismo, às artes, às formas, aos sons, aos sentidos, aos extra-sentidos, à loucura, às "viagens", à alteração de consciência, tanto quanto dedicou-se à política, à vida social, e, sobretudo, à apreciação da relação entre a capacidade humana verificável e o seu resultado prático igualmente mensurável nas expressões sociais em geral. Ou seja: a relação entre competência e quem se dá bem e quem se dá mal na vida, conforme os critérios sociais aceitos ou estabelecidos.
No fim ele conclui que o olhar seco para a existência deixa o observador nauseado na falta de significado e na certeza das repetições dos mesmos absurdos... num ciclo sem fim... mas sempre tão óbvio quanto igualmente sedutor.
É só então que ele conclui que nesta existência não há muito a aproveitar com um mínimo de tolice. A maior parte das coisas são vaidade louca e surtada... e, as demais, são vaidades piedosas e eticamente dissimuladas.
O que nos salva da náusea nesse olhar horizontal imediato é o temor/reverência/sentido/absoluto/de/ser/na/existência cônscia de Deus, e que da existência chama vida o que cabe entre beijos, abraços, alimentos, bebidas, carinhos, alegrias e reverencias para com os vivos, pois, tudo o mais, em si, já é tolice de tolices, bobagem de bobagens, é correr atrás do vento...
Caio
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