Desnudo minh’alma
devagar, peça a peça
Ninguém sequer nota
Meu escudo é o trauma
de ter vida destra
e alma canhota
Nem tudo me acalma
Nem me interessa
Me aponte uma rota
Iludo a palma
da mão que tem pressa
e a outra boicota
Ao espelho sem pose
Somente reflexo
Imagem reversa
Se a lente der close
Verá quão complexo
é o ser que dispersa
Sob várias camadas
Sob a superfície
Esconde-se o magma
Energias domadas
Um vulcão na planície
Onde o ser não estagna
Meu prazer será
ultrapassar meu dever
Vou extravasar, porque
não há o que esconder
Composto por Hermes C. Fernandes na madrugada de 23/01/2014
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