Por que Jesus mandou pregar o Evangelho?
Primeiro
devo começar com o que não é objetivo do anuncio do Evangelho, mas que
entre a multidão dos discípulos equivocados, é aclamado como sendo parte
do objetivo do Evangelho.
Não é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado a fim de fazer as pessoas mudarem de religião.
Nem tampouco para que as pessoas passem a freqüentar um templo, nem para cantarem hinos para Jesus entre chineses ou hindus, esquimós ou índios nus, como dizia o “corinho” da Escola Dominical.
Nem
ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para que o
Cristianismo se expanda na Terra. Deus não é cristão, contrariamente ao
que alguns dizem: “O Deus cristão é...” assim ou assado...
Nem
ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para despovoar
o inferno e povoar o céu, como se tudo dependesse da iniciativa do
“cristianismo” para a salvação humana.
Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para que os crentes sejam “glorificados” na Terra.
Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para batizar pessoas usando muita ou pouca água.
Nem
ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para que se
discuta com os novos convertidos o resto da vida acerca de quem joio e
quem é trigo.
Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para criarmos impérios de comunicação cristãos.
Nem
ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para qualquer
coisa que não seja a encarnação do bem do Evangelho no coração das
pessoas.
O Evangelho é a noticia de Deus aos homens, a saber: que Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo todo.
Jesus
não ergueu nada fora do coração humano, correndo todos os riscos de tal
“confiança” na natureza humana, pois, de fato, fora do coração não cabe
nada que seja essencialmente reino de Deus.
Qualquer
bem do Evangelho será sempre vida. E vida como o ensino e conforme a
prática de Jesus, no espírito de tudo o que Ele viveu e, assim, ensinou.
O Evangelho, portanto, antes de tudo é Reconciliação.
Sim!
É Reconciliação do homem com Deus, consigo mesmo e com o próximo, mesmo
que o próximo seja inimigo, pois, assim como Deus se reconciliou
conosco sendo nós inimigos de Deus no entendimento e nas praticas de
obras perversas e alienadas, ainda assim Ele nos amou e nos ama, e,
unilateralmente se reconciliou conosco.
É Reconciliação com Deus porque Deus a fez e feita está. Assim, não há o que discutir, mas apenas dizer “quero” ou “não quero”.
É
Reconciliação do homem consigo mesmo porque Deus o perdoou. Portanto,
perdoado está todo homem que creia que está perdoado; e assim viva como
quem crê que está perdoado, perdoando outros, como Deus em Cristo o
perdoou.
É Reconciliação do homem com seu próximo, pois, quem foi perdoado de tudo, perdoa tudo e segue em amor.
Portanto, é apenas Reconciliação que o Evangelho carrega como objetivo.
Por
causa disso, o Evangelho é também Reconciliação do homem com o todo da
criação de Deus, pois, se o que existe é de Deus, e nós dizemos que Dele
somos, o natural é amar a tudo o que Ele criou, e proteger cada coisa
para ter sua própria existência.
Se
a pregação gera isto como vida, então é o Evangelho que se está
pregando. Mas se não gera, ou é porque quem ouve não quer ou não
entende; ou, então, é porque não é o Evangelho que está sendo pregado.
O
Evangelho ensina tudo, menos uma religião. Aliás, desde que João disse
que na Nova Jerusalém não há santuário que ficamos sabendo que o
Evangelho é ateu de religião.
É simples assim.
O Evangelho é o bem das ovelhas de Jesus em todos os outros apriscos.
Ora, o Evangelho pode ser o bem de Jesus até para cristãos, quanto mais para todos os homens.
É ou não é?
Caio
Um comentário:
Quem crer e for batizado será salvo quem não crer ja está condenado.
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