sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

O BRASIL DA COPA, DO COPO E DA MESMA COISA!...


O Brasil rico é uma tristeza. Sim, porque um Brasil pobre e pobre era até justificável em suas burrices e procrastinações. Em tal caso, até a corrupção era menos agressiva, visto poder ser encarada como ato de desespero de oportunistas ou emergentes ao poder. Porém, o Brasil das estatísticas econômicas globais é um acinte ao que se tem e pode e não se faz.
Então se diz: “Mas é que ainda é cedo para aparecer o resultado!”
Todavia, o resultado em gastos de turistas no exterior, do consumo interno e externo, do aumento da corrupção, e o do espirito “emergente” foi instantâneo...
É o mesmo Brasil que temos; só que com a ufania de ter dinheiro no cofre e pra gastar. E gastar mal; ou ainda: gastar pior do que se poderia imaginar.
São ações de grandeza de um ex-mendigo que ganhou na Loteria. São gastos perdulários e sem critério. São bilhões para a Copa e as Olimpíadas enquanto as obras de infraestrutura arrastam-se na burocracia e na mesmice dos vícios dos oportunismos da corrupção. Essa já é uma Copa perdida antes do time entrar em campo...
Essa Copa foi perdida em Friburgo, em Angra, na Região Serrana do Rio, em Minas Gerais, e no Nordeste; para onde o dinheiro enviado tanto é pouco como não aparece jamais nas obras de reconstrução patrocinadas pelas tragédias naturais.
Essa Copa foi perdida na Saúde vergonhosa, no sistema escolar pobre e desassistido, nas estradas pavorosas de tanto perigo, nas obras abandonadas, nos desvios bilionários, no Congresso ainda bandido, no Judiciário vaidoso e fisiológico quanto a sua própria corrupção, no jogo de equilíbrio politico despudorado nos seus conchavos, nos bolsões de miséria nunca esvaziados, na negligencia ao meio-ambiente, nos Lobbies poderosos e desavergonhados, na imutabilidade do sistema; para o qual se pede tempo [...], pois se diz que é ainda é cedo pra mudar.
Este Brasil é como essa Copa!
O Brasil Copa é o Brasil que somos!
Sim, do mesmo modo que a Copa já perdida antes de começar, está o Brasil, perdido pelo sistema de Segurança e pelas Policias, tanto mal pagas como também humanamente desqualificadas.
Não foi o Brasil que mudou; foi o mundo que piorou tanto em relação ao que era [...], que nós aparecemos na oportunidade aleatória deste novo tempo.
Nosso sucesso foi a desgraça dos outros!
O Brasil, no entanto, é um emergente com todos os surtos de um emergente. É falastrão, é esbanjador, é escandaloso, é devotado às demonstrações tópicas de prosperidade, é um playboy da periferia...
Os bens de consumo estão presentes em casas caindo sobre esgotos entupidos; os carros lotam as cidades inundadas; o dinheiro sobeja em um comercio a cada dia mais assaltado pela insegurança publica; posto que a cultura da pobreza não tenha sido mexida pela educação e pelo exemplo dos governantes.
Sim, estamos assistindo a riqueza da gambiarra...
Por enquanto o que se tem é o Brasil dos jeitinhos com dinheiro no bolso, mas sempre magico nas suas expectativas de prosperidade e sucesso.
Desse modo, o que preocupa é essa riqueza sem caráter na sua gestão, e sem a devida seriedade na sua aplicação.
O Brasil não mudou, pois, caso tivesse mudado, não seria difícil definir coisas básicas como a Lei da Ficha limpa. Ora, este é um dos sinais de que a Economia mudou, mas que o Brasil não mudou; posto que se tenha ainda enorme conflito quanto a definir qual seja o caráter dos que possam exercer o poder.
São os mesmos nomes, os mesmo agentes políticos e os mesmos vícios; a diferença é que os viciados receberam uma herança inesperada; uma dádiva da natureza em tempos de empobrecimento global.
A riqueza do Brasil é a tragédia Global!
Assim, o Brasil não está melhor; os Estados Unidos é que pioraram; a Europa é que piorou; o mundo é que se desgraçou; enquanto a sorte nos alcançou com uma herança natural e com circunstâncias por hora favoráveis. Mas se o caráter da autoimagem do Brasil não mudar, seremos ricos na favela, endinheirados da pocilga, abastados nas rodinhas dos bares erguidos sobre os esgotos mal cheirosos de sempre.
Ora, se até para fazermos bem as coisas visíveis e de repercussão mundial que assumimos [...], como a Copa do Lula e do Sergio Cabral [...] nós andamos com a lerdeza e os vícios de sempre, maltratando a inteligência de quem vê pela demonstração de que afora os atrasos de tudo, a infraestrutura de Aeroportos, transportes públicos e outros serviços essenciais ao Show não são feitos com seriedade, que pensar das demais coisas, sem tanta visibilidade?
Assim, pergunto: Brasil rico, para quem?
O Brasil será um país rico quando todos esses números se expressarem em qualidade de vida, de saúde, de educação, de segurança publica, de qualificação do Congresso e do Judiciário; e, em tempos como estes, em politicas de meio-ambiente que reflitam a seriedade do caráter nacional. Enquanto isto [...] somos apenas os novos ganhadores da Mega Sena Global.



Caio

Ed René Kivitz - Pentecostes

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Quem matou Kaique? Pastores e gays se digladiam



Por Hermes C. Fernandes


A sociedade brasileira ficou chocada com a notícia da morte do jovem Kaique Augusto Batista dos Santos, de apenas 16 anos, na última semana em São Paulo. Além das suspeitas de suicídio, havia suspeitas de homicídio motivado por ódio devido à sua opção sexual. Kaique era homossexual. O jovem foi encontrado morto embaixo do viaduto da avenida Nove de Julho, sem os dentes e com fratura exposta na perna. A polícia tem trabalhado com duas hipóteses: os ferimentos podem ter sido feitos por agressão ou por uma queda do viaduto, e, neste caso, ele poderia ter pulado ou sido empurrado.

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, emitiu nota comentando a tragédia e defendendo uma legislação mais dura que puna crimes de ódio e intolerância motivados por homofobia. Segundo a ministra, o número de homossexuais vítimas de homicídio tem aumentado nos últimos anos. 

O caso parecia caminhar na direção da confirmação de homicídio até que a mãe de Kaique veio a público afirmando que estava convencida de que o jovem teria cometido suicídio. Ela teria chegado a esta conclusão depois de analisar o diário deixado pelo filho, conversar com seus amigos, e descobrir que seu filho estava numa depressão profunda.

Foi o bastante para que líderes evangélicos manifestassem seu descontentamento com a nota da ministra, bem como com as alegações do deputado Jean Wyllys, acusando a ala mais fundamentalista dos cristãos pelo ódio incitado aos homossexuais em seu discurso religioso. 

Considerando a hipótese de suicídio, isso não diminuiria em nada a nossa responsabilidade em sermos mais cuidadosos na apresentação e defesa de nossos valores. Por que digo "mais cuidadosos"? Porque percebo certa displicência na maneira como abordamos a questão da homossexualidade. Até o tom de voz de alguns parece denotar certa ojeriza, para não dizer ódio, não apenas à prática, mas também aos que optaram por ela.

As únicas vezes em que nos deparamos com Jesus vociferando contra o pecado, o público alvo era dos fariseus e religiosos de Sua época. Com as prostitutas e marginalizados, Jesus procurava ser gentil e cordial. Ele jamais entrou num prostíbulo quebrando tudo e colocando meretrizes e clientes para correr. Mas fez isso no templo, denunciando os mercadores da fé. Os líderes atuais parecem tomar o caminho inverso. Somos extremamente cordiais uns com os outros (mesmo que alguns estejam vivendo hipocritamente), mas provocantemente insultuosos com os que vivem aquém do padrão moral que abraçamos, principalmente os homossexuais. 

Faríamos bem em dar ouvidos a Jesus: "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas" (Mt.11:29).

Até que ponto nosso discurso não tem servido de munição para este tipo de preconceito? Por que não pregamos também contra o pecado da discriminação? Por que classificamos a homossexualidade como pecado, ao passo que colocamos panos quentes sobre a homofobia? Isso é, no mínimo, uma incoerência inescrupulosa.

O que teria levado o jovem Kaique a cometer tal desatino? Podemos imaginar quantobullying não sofreu? Os olhares preconceituosos? As brincadeiras de mal gosto? 

Tenha sido homicídio ou suicídio, o preconceito e o ódio foram a munição que o matou. 

Como cristãos, deveríamos chorar a sua morte como quem chora a morte de um filho. Chega de ficar procurando culpados ou de querer capitalizar politicamente o ocorrido. Neste caso, a carapuça serve tanto para os líderes evangélicos, quanto para a militância gay.

Se tantos outros "Kaiques" se sentissem amados em vez de rejeitados e escorraçados, talvez houvesse menos violência contra gays e suicídios. Então, vamos combinar uma coisa? Quando tratarmos de qualquer assunto que atinja a alma humana, sejamos menos raivosos e mais compassivos e amorosos. Parafraseando Jung: "Conheça toda a teologia, domine todas as doutrinas e dogmas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana." 

E quem também tiver pecados, que atire a primeira flor, porque de pedradas o mundo está farto. 

Ed René Kivitz - Medo

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

SE TIRAR DEUS... NO FIM SÓ RESTA DEUS!...


Quem escreveu o Eclesiastes na Bíblia disse que usou o critério existencialista a fim de buscar uma mediação entre a percepção e o quer que fosse Realidade na Existência.
De tal Existência ele tirou tudo, inclusive Deus...
Então, dedicou-se ao provar, ao sentir, ao experimentar...; sem culpa, sem medo, sem temor de nada, sem nada acima e sem nada abaixo.
Assim, dedicou-se ao erotismo, ao hedonismo, ao esteticismo, ao produtivismo, às artes, às formas, aos sons, aos sentidos, aos extra-sentidos, à loucura, às "viagens", à alteração de consciência, tanto quanto dedicou-se à política, à vida social, e, sobretudo, à apreciação da relação entre a capacidade humana verificável e o seu resultado prático igualmente mensurável nas expressões sociais em geral. Ou seja: a relação entre competência e quem se dá bem e quem se dá mal na vida, conforme os critérios sociais aceitos ou estabelecidos.
No fim ele conclui que o olhar seco para a existência deixa o observador nauseado na falta de significado e na certeza das repetições dos mesmos absurdos... num ciclo sem fim... mas sempre tão óbvio quanto igualmente sedutor.
É só então que ele conclui que nesta existência não há muito a aproveitar com um mínimo de tolice. A maior parte das coisas são vaidade louca e surtada... e, as demais, são vaidades piedosas e eticamente dissimuladas.
O que nos salva da náusea nesse olhar horizontal imediato é o temor/reverência/sentido/absoluto/de/ser/na/existência cônscia de Deus, e que da existência chama vida o que cabe entre beijos, abraços, alimentos, bebidas, carinhos, alegrias e reverencias para com os vivos, pois, tudo o mais, em si, já é tolice de tolices, bobagem de bobagens, é correr atrás do vento...

Caio

Ed René Kivitz - C.S. Lewis

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

02 Fome [Ariovaldo Ramos]

Ambidestro - Um Poema de Hermes C. Fernandes


Desnudo minh’alma
devagar, peça a peça
 Ninguém sequer nota
Meu escudo é o trauma
de ter vida destra
e alma canhota

Nem tudo me acalma
Nem me interessa
Me aponte uma rota
Iludo a palma
da mão que tem pressa
e a outra boicota

Ao espelho sem pose
Somente reflexo
 Imagem reversa
Se a lente der close
Verá quão complexo
é o ser que dispersa

Sob várias camadas
Sob a superfície
Esconde-se o magma
Energias domadas
Um vulcão na planície
Onde o ser não estagna

Meu prazer será
ultrapassar meu dever
Vou extravasar, porque
não há o que esconder

Composto por Hermes C. Fernandes na madrugada de 23/01/2014

O JESUS EM QUEM TUDO MORREU E RECOMEÇOU!


Isaías [capítulo 53] disse cerca de 800 anos antes de Jesus começar a curar os doentes, enfermos e humanos carregados de moléstias e opressões diversas, que Aquele que viria [...], seria o Servo Sofredor; e que levaria sobre Si o pecado, as transgressões e as dores de todos, sendo Ele mesmo o mais rejeitado entre os homens; e que Ele, mais que qualquer outro, saberia o significado da dor — pois, além de tudo, Ele seria moído pelo Eterno pelas angustias e sofrimentos de todos os demais humanos!

Jesus...
O Servo Sofredor! O homem de Dores! O homem que sabe o que é Padecer! O homem moído pelo Eterno! O Filho do Homem!


Entretanto, Ele tinha boa saúde, era forte, suportava desafios físicos e psicológicos que poucos aguentariam; e que, além disso, também existia andando sempre na direção premeditada da morte; afastando-se dela apenas enquanto a Hora não chegasse!

Teria Ele levado sobre Si as nossas dores apenas por que curou alguns ou muitos dos doentes que lhe trouxeram?

Teria Ele sido o Servo Sofredor por que foi maltratado antes e durante a Sua execução?

Teria Ele sido o mais rejeitado entre os homens apenas por que alguns dentre os judeus ou dentre a Sua parentela não acolheram?

Assim, pergunto:

Não seriam as afirmações de caráter universal feitas por Isaías de realização pequenas demais na vida do homem Jesus?

Sim, pois em Isaías se vê um quadro no mínimo nacional, embora se enseje na narrativa uma dor maior, quem sabe pelo mundo inteiro...

Na vida de Jesus, todavia, não há espaço histórico para que Ele pudesse ser afirmado em dimensões tão abrangentes de sofrimento, apesar do esforço do Mel Gibson de fazê-lo apanhar antes e durante a Cruz como nunca se vira antes...

Na realidade Jesus sofreu não apenas o que Nele se viu como sofrimento histórico. Quando Paulo diz que “Deus o fez pecado por nós”, estava afirmando que Jesus, em suas dores, era um ente supra-histórico na existencialidade; não podendo nós apenas recorrer ao “Direito Romano” da figura deputada-forense e judicial como a “representante” dos demais.

Seria como fazer do “Direito Romano” uma revelação divina, o qual nascera nos mistérios da eternidade; o que é banal, tolo e louco!

De fato, quando se diz que Ele sofreu e foi feito tudo por todos, é porque assim aconteceu mesmo; não sendo nem poesia, nem figura de linguagem, e, menos ainda, um “artifício jurídico” resultante da “Republica Romana” e do seu conceito de “Deputado Representante do Povo”.

Ele levou sobre Si” [...] — é o que está escrito!

E isto era real e não apenas simbólico!

Assim, sem rodeios, o que se deve saber é Jesus carregava todos os Infernos possíveis em Sua existência!

Sim, todas as dores, de todos os tipos [...]; todas as angustias e desesperos, de todas as formas, nuances e naturezas [...]; todas as calamidades, perplexidades, pânicos, medos, tormentos, e perturbações [...]; todas as doenças do corpo, da alma e do espírito [...]; todas as pulsões de agonia indizível e incompartilhavel [...]; todos os gemidos jamais ouvidos e todas as formas de pulsão de morte jamais descritos [...]; todas as solidões, todas as rejeições, todos os desrespeitos, todos os descasos, todas as traições, todas as negações, todas as possíveis decadências do gênero humano [...]; bem como todos os gemidos da criação! — tudo estava Nele; e tudo se tornou Ele!

Jesus é também o andar doído, sofrido, angustiado, tentado, enlouquecido, abandonado, absurdificado, moído e des-significado de toda a humanidade!

Se não fosse assim estaríamos olhando para o Jesus Deputado Universal dos Humanos sob a Lei Romana; ou, numa outra perspectiva, sob a Lei dos Substitutos Inocentes Simbólicos entregues à divindade em favor dos demais!

Porém, nem Isaías e nem Paulo abrem tal precedente. Afinal, Ele foi tudo por todos [conforme Isaías] e foi feito pecado por nós segundo Paulo].

Por esta razão se pode crer que Ele é o nosso Sumo Sacerdote, que conhece em Si todas as nossas dores e fraquezas; tanto quanto se pode crer também que Nele o mundo já acabou!

Jesus é a História Realizada, sendo, portanto, também, a Escatologia Realizada de todas as coisas!

Quando Deus morreu em Cristo o mundo acabou!

Imagine toda dor humana passada, presente e futura, e saiba: tudo estava Nele, tanto quanto Deus Nele estava!

Se Deus estava em Cristo, tudo mais estava em Cristo, na mesma medida em que tudo existe em Deus!

Cristo Jesus é [...] todos os holocaustos e todos os absurdos [...] em estado supra quântico de convergência multi-universal!

Cristo Jesus é [...] tudo quanto possa existir de catástrofe e calamidade natural conhecida e desconhecida no mundo, na Terra e em todos os Universos!

Cristo Jesus é [...]tudo o que foi, está sendo e será criado!

Cristo Jesus é [...] tudo em todos!

Afinal, tudo existe Nele, e, portanto, embora Ele não seja o que Nele exista, mas tudo é Nele; o que implica de todos os modos que Ele é também tudo o que Nele existe, posto que tudo Nele exista; ainda que isto nos seja não apenas um Mistério, mas uma impossibilidade do dizer e do expressar com códigos finitos, os quais sempre nos pedem que digamos que as coisas são Nele, embora Ele não seja as coisas que Nele são..., a fim de que temerariamente eu não caia nas línguas que amariam acusar-me de Panteísmo.

Rsrsrs!


Ora, do mesmo modo que o mundo Nele acabou, também Nele o mundo recomeçou. Sim, Jesus, na Sua Ressurreição, é o Novo Céu e a Nova Terra!

Assim...

Jesus... O Servo Sofredor! O homem de Dores! O homem que sabe o que é Padecer! O homem moído pelo Eterno! O Filho do Homem!

É também o [...]...

 Jesus... O Criador do tempo/espaço, do não tempo, do não espaço, dos multitempos, dos multiespaços, das multidimensões, dos multiversos, dos multimundos, dos multiseres, das multialternativas, das multiliberdades, da multiforme Graça, da Única Soberania!

Entender isto faz parte do que Paulo pedia que tomasse conta do entendimento espiritual dos discípulos, quando orava rogando que lhes fosse dado conhecer “o mistério antes oculto..., mas agora revelado aos santos”; e que, para o apóstolo, implicava em penetrar na altura, na profundidade, na largura e no comprimento do amor de Cristo que excede a todo entendimento.

Ora, tudo o que aqui digo, o digo a partir da fé; e da fé que se estriba em Revelação Escrita e, sobretudo, Encarnada em Jesus. Revelação essa que se faz fato para mim pela incompreensível compreensão de que Deus estava em Cristo Jesus [fato/fé; fator/fé]; fazendo da vida do homem Jesus a própria existência de todos os Cosmos, com todas as suas dores e acasos, com todos os seus absurdos, com todas as suas mortes, e, também, com todas as suas criações e recriações!...

Jesus é o Big Bang e é o Anti- Big Bang de todas as coisas!

Jesus é também o inicio, o fim e o eterno recomeço de todas as coisas!

Em Jesus tudo o que está sendo [...] já não é; tudo o que ainda não foi [...] já aconteceu; e tudo o que ainda será [...] já está Nele feito e consumado!

Tudo o que Paulo, por exemplo, diz acerca de Jesus [...], deve ser por nós entendido não na perspectiva histórico/linear, mas, no mínimo tendo em mente o discernimento da Física mais moderna [... ainda pobre e rasteira] acerca das realidades atemporais, quânticas, multiquânticas, multiversicas; de cujas realidades o tempo/espaço são parte, mas jamais a coisa toda...

Quando se diz que Ele é o Alfa e o Ômega não se quer dizer que Ele foi o Primeiro antes [...] e será o Último depois [...], numa perspectiva linear... Não! O que se quer dizer é que Nele tudo subsiste; sendo que tudo é esse tudo a cada dia maior [...]. Esse tudo que se vai podendo discernir em todas as formas de tudo/nada; sim, em todas as formas de existências verificáveis, além das por enquanto ainda inverificáveis!

Assim, Nele estavam, estão e estarão todas as coisas!

Afinal, Nele foram criadas todas as coisas, as visíveis, as invisíveis, as conhecidas e as desconhecidas; e, portanto, Nele são todas as coisas. Assim, tudo o que existe, Nele existe; assim como todos somente podem existir Nele; até o que designamos como absurdo, mal e mau!

Este é o continuo amar/sofrer do Deus que estava em Cristo; o qual dá vida até àquilo que mata, e, no sentido histórico, matava até mesmo o Autor da Vida!

Somente Deus que seja Amor é capaz de tal Inconcebível Loucura!

O que creio sobre Jesus é no mínimo do tamanho desta loucura; loucura que aqui mesmo [no espaço deste texto] somente não se torna ainda maior porque temo que você não me venha a compreender. Todavia, virá o tempo em que direi tudo o que creio sobre o significado
mínimo do meu discernimento acerca do mistério de Deus em Cristo, e, portanto, sobre as infinitamente loucas e não fronteiráveis perspectivas da Loucura do Evangelho!


 Nele, em Quem até o diabo respira, suspira e trama em estado de derrota, perplexo ante o Amor Eterno,

Caio

Ed René Kivitz - Neles

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