sábado, 31 de maio de 2014

O jogo político e a Constituição

O Sistema Político

A LUZ DO TEU CORPO...

A luz do corpo está no olhar.

Quando os teus olhos olharem com olhos do bem, o que verás será bom, e, assim, todo o teu ser será luminoso.

Mas quando os teus olhos enxergarem com os olhos da maldade, todo o teu ser se tornará tenebroso.

Então, cuida para que o teu olhar, que te foi dado para ser luz, não se transforme em gerador de trevas.

Pois se o que foi feito para iluminar o ser, tornar-se o oposto; então, aquilo que te seria luz, te será escuridão maior que as próprias trevas.

Terás te tornado duplamente cego: já não verás o próximo, e nem verás a ti mesmo; pois, cego estarás para enxergar com verdade que o que vês fora, nada mais é que aquilo que não vês dentro de ti mesmo.

Sim! que grandes trevas serão as tuas!

Portanto, vê como tu olhas todas as coisas.

As coisas são somente as coisas.

Mas é do coração que nasce a tua luz.

Portanto, não te tornes em fonte de trevas para ti mesmo, permitindo que aquilo que em ti foi feito para ser tua fonte de luz, exista como negação de seu chamado original: os olhos são para ver, não para imprimir ou falsificar.

Se o permitires, tu jamais conhecerás limites para a tua própria escuridade.

A luz do ser vem dos desígnios de teu próprio coração!

Maus desígnios emanam luz-negra. Assim, vê-se a tudo com o olhar que projeta aquilo que o coração tem dentro de si mesmo.

Um olhar que decidiu ver o que é bom e com bondade, iluminará a si mesmo, e verá a tudo mais com a projeção do que é verdadeiro.

Assim, até o discernimento exterior daquilo que é mau, corresponderá à própria luz, pois tudo o que se manifesta como é e como tal, também é luz.

A luz chama de bem até aquilo que discerne como mau, pois vê com verdade aquilo à que tal coisa corresponde. E isso é bom.

Por isso, todas as coisas são puras para os puros, pois, os puros de coração são os que vêem as coisas como elas são, e não projetam nelas nenhuma falsificação: seja tentando fazer o bem ficar melhor; ou tentando fazer o mal ficar menor, ou mesmo pior.

O que ilumina o ser é a verdade, não a ignorância e nem a malícia.
A ignorância, subtrai da realidade.

A malícia, aumenta ou falsifica a realidade.

O ser que bem-vê a vida, carrega uma luz que é identificada tanto pelos homens—até os antagonistas—, como também pelo mundo espiritual.

É buscando sempre as melhores alternativas para as pessoas expressarem o que de melhor pode haver nelas, que construímos um caminho luminoso para nós e para os outros.

Por outro lado, é buscando encontrar o pior das pessoas, que construímos um caminho tenebroso para o nosso ser e uma vereda escabrosa para o próximo.

Então, dependendo do olhar...

Os homens podem até chamar-te de esperto, mas Deus pode estar apenas te chamando de maldoso.

Então, dependendo do olhar...

Deus pode estar te chamando de filho da luz, mesmo que os homens possam te julgar como a um idiota esperançoso pela obsessão de encontrar o melhor nas pessoas.

Então, dependendo do olhar...

Cada um que diga quem é!

Dize quem tu és mediante a expressão de um olhar ancorado na verdade, na realidade e no discernimento, mas nunca na malícia, no auto-engano e na tentativa de desconjuntar o ser de teu próximo, arruinando, assim, também a ti próprio.

Que os homens e os anjos vejam que tu sempre chegas e sais com o coração sem o olhar das trevas.

Olha sempre com o olhar da luz.

E assim, que grande luz emanará de teu ser!


Caio

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Política na Prática

Partidos políticos II

O reencontro da Igreja com o Meio-ambiente


Por Hermes C. Fernandes 

“Sabemos que toda a criação geme como se estivesse com dores de parto até agora. Não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos...” Romanos 8:22-23

Através deste texto, nos deparamos com a figura de duas grávidas, à semelhança de Maria e sua prima Isabel. Trata-se, primeiramente, da Criação como um todo, e em segundo lugar, nós, a Igreja de Cristo.

A Criação está grávida de uma nova Terra, enquanto a Igreja está grávida de um novo Céu. Há um parentesco entre ambas, e a gravidez de ambas está intimamente relacionadas, sendo parte de um único propósito, que deve se cumprir "assim na Terra como no Céu".
Quando Cristo foi levantado na Cruz, colocando-Se entre o céu e a terra, Ele reuniu em Si mesmo todas as coisas que há no céu, e todas as coisas que há na terra (Ef.1:10). Houve então o casamento entre os dois lados da realidade única criada por Deus. Céu e Terra contraíram núpcias para gerar um novo cosmos.

A gravidez da criação se deu quando Cristo, a semente incorruptível, foi colocado no “ventre da terra” (Mt.12:40). O corpo de Jesus era a semente divina que engravidaria a criação. Ele mesmo comparou-Se ao “grão de trigo”, que deveria morrer para poder frutificar (Jo.12:24). Seu sepultamento é comparado à semeadura: “Semeia-se em ignomínia, é ressuscitado em glória. Semeia-se em fraqueza, é ressuscitado em poder” (1 Co.15:43).

Quando houver chegado a hora da colheita, por causa daquela semente incorruptível semeada no ventre da terra, nossos corpos ressuscitarão incorruptíveis. E toda a criação, que hoje é cativa pela corrupção, se revestirá de incorruptibilidade. O cosmos inteiro será transfigurado!

A gravidez da igreja iniciou-se quando o Espírito Santo, como semente incorruptível, foi depositado em nós, a Igreja, por ocasião do Pentecostes (1 Pe.1:23).

Assim como coube ao Espírito gerar Jesus no ventre de Maria, compete ao Espírito gerar em nós a imagem de Cristo (2 Co.3:18). Nas palavras de Paulo, Cristo está sendo gerado em nós (Gl.4:19). A cada etapa desta gestação espiritual, ficamos mais parecidos com o Senhor Jesus. Quando Cristo vier em glória, será a hora do parto, e finalmente, nos manifestaremos ao mundo (1 Jo.3:2).

Paulo diz que a gravidez da Criação e a gravidez da Igreja estão profundamente relacionadas. Há, por parte da criação, uma “ardente expectativa” pela manifestação dos filhos de Deus (Rm.8:19). Segundo o apóstolo, tal manifestação proporcionará plena liberdade à criação (vv.20-21).

Então, surge a questão: De que maneira a igreja e a criação deveriam interagir durante o tempo de gravidez de ambas?

Encontramos nas Escrituras cristãs a história de outras duas grávidas, que nos oferece um padrão que deveríamos seguir em nosso relacionamento com a criação.

Maria e Isabel eram primas. Uma era ainda bem jovem e virgem, a outra já era avançada em idade e estéril.

A primeira a receber o anúncio de que se engravidaria foi Isabel. Aquele a quem ela daria a luz seria o profeta do Senhor, enviado especialmente para Lhe preparar o caminho (Lc.1:17). O mesmo anjos que apareceu a Zacarias, seu marido, foi ao encontro da jovem Maria, para anunciar-lhe o nascimento do Salvador do Mundo, Jesus.

Maria vivia em Nazaré da Galiléia, enquanto que Isabel, sua prima, vivia na região montanhosa de Judá. Quando o anjo Gabriel informou a Maria que sua prima também estava grávida, seu coração desejou profundamente encontrá-la.

“Naqueles dias levantou-se Maria, foi apressada às montanhas, a uma cidade de Judá, entrou na casa de Zacarias e saudou a Isabel” (Lc.1:39-40).

Embora Maria estivesse logo no início de sua gravidez, ela não esperou que sua prima viesse lhe visitar. Em vez disso, ela tomou a iniciativa, saindo-lhe ao encontro, disposta a enfrentar o terreno íngreme das montanhas.

Por que a iniciativa partiu de Maria, em vez de Isabel? Porque Isabel só recebeu o anúncio de sua gravidez, enquanto Maria foi informada sobre a sua gravidez e a de sua prima. Ela conhecia o que sua prima desconhecia. Ela era portadora de uma mensagem mais abrangente, que incluía ela e Isabel.

Podemos tomá-las como alegorias da Igreja e da Criação.

Isabel representa a criação, já avançada em idade, mas prestes a dar à luz uma nova criação. Maria representa a Igreja de Cristo, grávida d’Aquele que fora destinado a reger as nações (Ap.12:1-5). Assim como Maria gerou Jesus, o Cabeça do Corpo, a igreja é o útero no qual o Espírito Santo está gerando aqueles que formam o Seu Corpo Místico. Jesus é o Novo Homem, o segundo Adão, enquanto a Igreja é a nova Eva, mãe da Nova Humanidade (1 Co.15:45).

Assim como Maria saiu ao encontro de Isabel, a Igreja deve sair ao encontro da Criação, e não o inverso. Mesmo antes da manifestação plena dos Filhos de Deus, a Igreja deve deixar sua zona de conforto, enfrentar o terreno íngreme e pedregoso do mundo, para encontrar-se com a Criação.

O texto prossegue: “Ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre, e Isabel foi cheia do Espírito Santo” (Lc.1:41).

Muito dos cataclismos naturais que temos assistido ultimamente, nada mais são do que as contrações de uma natureza gestante. Provavelmente, Isabel já havia sentido muitas contrações, mas o que ela sentiu no momento em que ouviu a saudação de Maria foi completamente diferente. A criança que era gerada em seu ventre saltava de alegria, cheia do Espírito Santo. Tal deve ser a reação da natureza, quando a Igreja de Cristo sai-lhe ao encontro.

Sair ao encontro da criação é entrar em sintonia com seus problemas, e trabalhar para que ela tenha uma gravidez tranqüila. É claro que os gemidos são inevitáveis. Ainda testemunharemos muitos terremotos, furacões, secas, e outros fenômenos naturais, que nos advertem quanto à proximidade do fim. Não do fim do mundo, mas do fim da gestação, quando um novo mundo emergirá. Quanto mais próximo estivermos do advento de Cristo, mais intensas serão as contrações, até que se rompa a bolsa d’água, os raios do Sol da Justiça sejam vistos no horizonte. Apesar disso, podemos deixar nossa passividade, e trabalhar pelo bem-estar do meio-ambiente, defendendo um modo vida sustentável, e o futuro das próximas gerações. Como devemos tratar uma grávida? Da mesma maneira devemos lidar com a Criação. Assim como João foi cheio do Espírito, saltando no ventre de Isabel, quando a Criação ouvir a saudação da Igreja, ela se encherá do Espírito e será restaurada (Sl.104:30).

quinta-feira, 29 de maio de 2014

O que é Política

Fé e Virtude

O TRISTE CAMINHO DO PREGUIÇOSO…

Preguiça não é depressão, não é fruto de desequilíbrio orgânico, não é resultado do cansaço, não é nada que seja desconforto antecipado pela mente...
Depressão não é preguiça, é dor de alma que imobiliza o ser e até se somatiza no corpo ou nos processos neurais da mente...
Desequilíbrio orgânico pode gerar uma total inapetência para a vida e o trabalho, mas não é preguiça, é doença ou simplesmente contingência orgânica...
Cansaço também pede descanso, e nada tem a ver com preguiça...
Trabalhos pesados demais, em circunstancias difíceis, não é bolinho, e até o mais disposto dos homens reúne forças para realizar tal coisa chata ou pesada demais; mas isto também não é preguiça ainda...
Preguiça, segundo a Bíblia, é uma indisposição essencial ao serviço, à utilidade, ao ritmo das rotinas da vida...
Assim, a Bíblia quase não fala da preguiça, mas sim do preguiçoso...
Afinal, preguiça é um conceito, mas o preguiçoso é o fato...

Leia em Provérbios:

Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos, e sê sábio.  
O preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono?  
Como vinagre para os dentes, como fumaça para os olhos, assim é o preguiçoso para aqueles que o mandam.  
O preguiçoso deixa de assar a sua caça...
A alma do preguiçoso deseja, e coisa nenhuma alcança, mas a alma dos diligentes se farta.  
O caminho do preguiçoso é cercado de espinhos, mas a vereda dos retos é bem aplanada.
O preguiçoso esconde a sua mão ao peito; e não tem disposição nem de torná-la à sua boca.  
O preguiçoso não lavrará por causa do inverno, pelo que mendigará na sega, mas nada receberá.  
O desejo do preguiçoso o mata, porque as suas mãos recusam trabalhar.  
Diz o preguiçoso: Um leão está lá fora; serei morto no meio das ruas.  
Passei pelo campo do preguiçoso, e junto à vinha do homem falto de entendimento... — e só havia mato...
Diz o preguiçoso: Um leão está no caminho; um leão está nas ruas...
Como a porta gira nos seus gonzos, assim o preguiçoso na sua cama.  
O preguiçoso esconde a sua mão em baixo do braço; e cansa-se até de levá-la à sua boca.
Assim, a preguiça é uma doença de caráter...
Sim, é o mal do servo que escondeu o talento, e disse que o fizera porque Deus era como um Leão perverso... Por isso Jesus diz que esse servo é chamado de “negligente”; ou seja, de preguiçoso...
Quem pede algo ao preguiçoso se exasperará...
Sim, poderá até enfartar, pois ele sempre dirá “sim”, mas jamais fará nada...
Portanto, quem depende do preguiçoso passará fome...
Sim, pois o preguiçoso sofre de uma espécie de psicopatia em relação à culpa necessária que um homem de responsabilidade deve sofrer ao ver sua própria improdutividade na vida...
Mas o preguiçoso não sente nada; e ainda fica com raiva de quem diz a ele que a vida não é assim...
Para o preguiçoso a vida são somente espinhos...
Ele se queixa de tudo o que não faz...
Sim, ele projeta um leão na rua para não ter que sair e trabalhar...
Até a sua caça..., até o que lhe é dado..., até o que lhe chega... — em suas mãos se perderá; pois até para comer ele tem que receber na boca...
O preguiçoso nada faz, mas tem idéias sobre tudo e todos...
O preguiçoso não levanta da cama, e se queixa do mundo que não lhe traz nada enquanto dorme...
O preguiçoso vira fungo, vira bactéria oportunista, se torna um ente que existe no organismo de outros...
O preguiçoso é um amargurado, suicida...; e que não se mata apenas para poder nada fazer enquanto culpa a vida: o leão, o espinheiro, as dificuldades até para rolar na cama...
O preguiçoso é a vergonha de seu pai e a tristeza de sua mãe...
Os filhos do preguiçoso não saberão como amá-lo; ou, então, tornar-se-ão semelhantes a ele...
É mais fácil cuidar de um tetraplégico do que cuidar de um preguiçoso...
O preguiçoso arranja todas as desculpas para se justificar...
O preguiçoso está certo, pensa ele; as formigas é que são otárias...
Quem suporta o preguiçoso cava a cova dele...
Quem dá de comer ao preguiçoso se torna sócio de seu destino...
Afinal, digno é o trabalhador do seu salário; e mais: a saúde de um homem vem do esforço de seu trabalho e do seu suor...
Jesus disse: Meu Pai trabalha até agora; e eu trabalho também!...
Trabalho é saúde...
Trabalho é vida...
Trabalho é cura...
Trabalho é alegria no gozo pelo obtido...
Trabalho é signo de amor à vida...
Aqui não falo aos deprimidos, entristecidos ou adoecidos...
Não! Falo apenas do ser ameba, do ente bactéria que se disfarça de gente...
Sim, quem não trabalha vira parasita; fungo; bactéria da existência...
É isto que diz a Palavra.
Quem disso discordar só poderá ser um preguiçoso!

Pense nisso!

Caio

quarta-feira, 28 de maio de 2014

O Valor da Ação

Tolerância e Laicidade

E se Deus nos tirasse pra dançar?


Hermes C. Fernandes

Hoje estive pensando um pouco mais sobre o episódio em que Mical, de sua janela, desprezou e censurou a Davi enquanto este dançava à frente da Arca da Aliança, em seu cortejo de volta a Jerusalém.

Dissemos num artigo anterior que para Mical, o que lhe dava o direito de julgar seu marido daquela maneira era o senso de valor próprio e o senso de justiça própria.

O primeiro, porque Davi havia lhe atribuído um valor maior do que Saul, pai de Mical, pedira como dote.

E o segundo, porque Mical havia livrado a Davi de ser assassinado pelos servos de seu pai, dando-lhe fuga pela janela de seu quarto.

Foi daquela mesma janela que Mical o desprezou. Ela se achou no direito de fazê-lo.

Fiquei imaginando se essa história não poderia servir como analogia de Cristo e a Sua Igreja.

Como Mical, muitos cristãos se acham no direito de desprezar o que Deus está fazendo do lado de fora dos seus arraias religiosos.

Afinal de contas, Deus lhes atribuiu valor muito maior do que de fato mereciam. O preço pago por sua redenção foi o sangue de Jesus. No caso de Mical, seu dote custou a morte de duzentos filisteus. No caso da Igreja, seu dote custou a morte do Filho de Deus.

O que deveria nos envergonhar, tornou-se no motivo de nossa soberba. Achamo-nos mais importantes do que o resto do mundo.

Da janela de nosso edifício teológico, desprezamos o Deus que dança com o resto da criação. Este Deus não é monopólio de ninguém. Ele é Espírito, e o Espírito é livre para soprar e dançar onde quiser.

Além desse senso de valor próprio, os cristãos também têm nutrido um profundo senso de justiça própria.

Achamos que nossas boas obras foram capazes de nos tornar credores de Deus. Se antes, nós é que tínhamos uma dívida com Ele, agora, Ele é quem nos deve. Concluímos que nossas boas obras fazem com que o preço pago por nós seja devidamente compensado. É como se estivéssemos quites com Deus. Quanta pretensão!

Em lugar de gratidão, vaidade. Em lugar de humildade, presunção.

Até quando os cristãos desprezarão o Seu Deus? Até quando se incomodarão com o que Deus está fazendo para além dos muros eclesiásticos? Até quando censurarão e repudiarão o Deus dançarino?

Tornamo-nos como o irmão mais velho do filho pródigo. Recusamo-nos a participar da festa de arromba promovida pelo Pai por causa do filho que retornou. Só dançamos se a festa for nossa, se o baile for gospel!

O desprezo de Mical a Davi lhe rendeu esterilidade por toda a vida. Até que ponto a igreja cristã também não tem se tornado estéril em nossos dias por desprezar o que Deus está fazendo lá fora?

Só há uma maneira de reverter este quadro de esterilidade espiritual: descer de nossas torres eclesiásticas e aceitar o convite que Cristo nos faz: Quer dançar comigo?

Uma lição de ética sobre publicidade infantil

terça-feira, 27 de maio de 2014

A Dinâmica dos Afetos

SOMA, PSIQUE E PNEUMA: EU.


Sofro pressões do meu corpo, da soma de elementos que me formam como físico.

É o corpo desta carne, como diria Paulo.

Existo sob as interruptas influências de minha alma, de minhas emoções, sentimentos e interpretações psicológicas, cegados pela ilusão do meu sentir e julgar.

Esta é minha alma desesperadamente enganada, enganosa e auto-enganada.

Sou, no entanto, chamado a não viver conforme o instinto que possa se opor ao amor, conforme as pulsões do mamífero de carne e sangue quentes.

Sim! Sou chamado a amar meu corpo com o olhar do espírito, com consciência, e fazendo-o andar de acordo com a minha fé e percepção do que seja bom na vida, e que, certamente, deve ser o resultado da assimilação da Palavra no espírito.

Sou, também, chamado a não andar segundo os meus sentimentos, emoções ou pulsões psicológicas, pois, a vitória é fazer a alma acompanhar o espírito na decisão de realizar apenas o que seja fruto da consciência alimentada pelo amor.

Ora, como fazer?

O que tenho a dizer embasado na Bíblia acerca do tema, já está abundantemente tratado aqui no site.

É somente ir ao serviço de Busca e escrever alma, espírito, carne, fé — e você terá farto material.

Aqui, quero apenas dizer três coisas simples e práticas, e que busco fazer sempre que vejo a carne-corpo tentar levantar-se, e, também, quando vejo a alma desejar impor suas subjetividades sobre o caminhar, falsificando-me o significado do que seja realidade-verdade.

Faço sempre uma viagem para fora da Terra. Vou para fora da atmosfera ou até no sistema solar. E, de lá, olho o meu lugar no Planeta, e, também de lá, me pergunto o que aquilo que no instante na Terra me perturba, tem de significado uma vez que eu me distancie daquilo que se me apresenta como sendo problema.

Sinceramente, nada subsiste a tal olhar do Espaço.

Ou, então, faço uma viagem para dentro das dimensões subatômicas. Entro nas vísceras do mundo micro e invisível aos olhos; e, de lá de dentro do elemento quântico, olho para fora, e ouço os argumentos dos gigantes que existem como matéria gerada pelos elementos invisíveis aos olhos, e, assim, ao ouvir tais gritarias de gigantes feitos de buracos entre elementos subatômicos, vejo que tudo aqui fora, é como um brigar de bonecos mondrongosos e excessivos, máquinas de carne e de pulsões de emoções eruptivas e cegas.

É guerra de Titãs enlouquecidos.

Ou, então, faço o que Jesus mandou:

Ponho-me no lugar do outro. Torno-me filho de seus pais, irmão de seus irmãos; sou criado como ele foi, vejo o que viu, sinto como se sente, penso como ele pensa — e, então, pergunto-me: O que eu desejaria que eu fizesse a ele se ele fosse eu?

Então, sinto que meu espírito responde, e, assim, vence o instinto do mamífero e a volúpia de pulsões enlouquecidas de minha alma.


Um beijão em todos!


Caio