segunda-feira, 7 de abril de 2014

Reconhecendo a silhueta divina em meio à calamidade


Por Hermes C. Fernandes

Sabe quando a gente tem a impressão de ter agido precipitadamente, mas logo em seguida, somos tomados pela certeza de que agimos sob a direção divina? Já se sentiu assim antes? Pois os discípulos de Jesus passaram por um episódio em que se sentiram exatamente assim. Eles haviam acabado de presenciar um dos maiores milagres realizados por Cristo. Cinco mil homens, além de mulheres e crianças, foram alimentados com míseros cinco pães e dois peixinhos. Eles ainda estavam processando o significado do que tinham assistido.

Jesus, por Sua vez, parecia distraído com a multidão. Mateus conta que “ordenou Jesus que os seus discípulos entrassem no barco, e fossem adiante para o outro lado, enquanto ele despedia a multidão” (Mt.14:22). Aquela ordem não parecia razoável. Deixá-lO ali? E como os alcançaria depois? Não seria melhor esperá-lO um pouco mais?

Ordem é pra ser obedecida, não questionada. Por isso, lá se foram eles sem dizer uma palavra. O que Ele teria em mente? Talvez tomasse carona em outro barco para os encontrar. Tão logo acabou de despedir-se do povo, em vez de sair imediatamente ao encontro dos discípulos, Jesus foi para o monte orar. O fato é que Jesus precisava ficar a sós com o Pai.

Marcos relata que “sobrevindo a tarde, estava o barco no meio do mar, e ele sozinho em terra” (Mc.6:47). Mesmo tão distante geograficamente, Jesus não os perdeu de vista por um só instante.

“Vendo-os fatigados a remar, porque o vento lhes era contrário, por volta da quarta vigília da oite aproximou-se deles, andando por sobre o mar”(Mc.6:48a).

Ora, se eles estavam lá por uma ordem expressa de seu Mestre, por que o vento lhes era contrário? Posso imaginar uma discussão entre os discípulos:

- Eu não disse que deveríamos esperar por Ele?
- Mas foi Ele quem nos enviou?
- Que nada! Ele estava nos testando. Deveríamos ter ficado com Ele.
- É… acho que nos precipitamos.
- Vamos parar com este papo, e continuar a remar…

De fato, não houve qualquer precipitação. Eles estavam ali no meio daquele mar revolto por determinação de seu Senhor. E embora eles O tivessem perdido de vista, distraídos com os ventos contrários, Jesus não os perdera. E a prova disso é que veio correndo para socorrê-los.

Os pés que em breve seriam vazados pelos cravos, marchavam sem serem submergidos pelas águas. Os pés que seriam suspensos no madeiro, agora driblavam a lei da gravidade, suspensos sobre as águas pelo poder do amor.

Sua caminhada por sobre o mar não era uma demonstração performática de poder, mas evidência de Sua pressa em alcançá-los. Marcos diz que Jesus “queria passar à frente deles” (v.48b).

Convém destacar que Jesus caminhou em meio ao mar revolto. A calmaria só veio depois que Ele entrou no barco. Quando os discípulos viram aquela silhueta se insinuando no meio do nevoeiro, começaram a gritar apavorados, achando que era um fantasma.

- Só faltava essa! Como se não bastasse o vento contrário, agora nos aparece esta assombração! E cadê Jesus? Por que nos abandonou?

Se isso acontecesse em nossos dias, em terras tupininquins, alguns diriam que era Iemanjá…rs

Vendo-os desesperados, Jesus bradou: “Tende bom ânimo, sou eu, não temais” (Mt.14:27). Pedro, gato escaldado, preferiu tirar a prova dos nove: “Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por sobre as águas” (v.28).

Jesus deve ter sorrido nessa hora. Uma sugestão dessas só poderia vir de Pedro, o sanguíneo. Em momento algum Jesus o censurou por isso. Às vezes precisamos de sinais que nos evidenciem que a silhueta que se insinua diante de nós seja realmente de Jesus, e não de alguma assombração ou projeção de nosso inconsciente.

Às vezes enxergamos o que queremos enxergar. Outras vezes enxergamos o que preferíamos evitar. Somos assombrados por temores incontroláveis e assediados por desejos inconfessáveis. Antes de deixar nossa zona de conforto para nos aventurar em direção àquilo que nos atrai, convém buscar uma confirmação de que aquilo provém do Senhor.

Jesus não discursou. Não era momento para um sermão. Ele apenas deu voz de comando: VEM!

Sem titubear, Pedro “descendo do barco, andou por sobre as águas para ir ter com Jesus” (Mt.14:29).
Repare no detalhe: Ele andou por sobre as águas para encontrar Jesus. O problema é que muitas vezes queremos “andar sobre as águas” apenas pela sensação que isso poderia nos proporcioar, ou mesmo, pela repercussão que isso causaria. Perdemos o foco. Fazemos do meio um fim em si mesmo.

Enquanto os outros discípulos pasmavam e talvez questiovam o atrevimento do colega, Pedro pisava nas águas como quem se sustenta sobre o chão firme. Tudo ía bem até que Pedro se deixou distrair pelo vento que permanecia forte e contrário. As ondas do medo invadiram seu coração e logo, começou a afundar. Desesperado, Pedro começou a gritar:“Salva-me, Senhor!”

Sem cerimônia, Jesus Se aproximou, estendeu a mão e o socorreu, dizendo:”Homem de pequena fé, por que duvidaste?” (v.31). Jesus não estava censurando por lhe haver pedido uma prova de que era Jesus quem se aproximava do barco. Jesus o repreendera por haver se distraído com a fúria do vento. Este é o tipo de dúvida que aborrece a Deus. A dúvida gerada pela distração.

Quando ambos entraram no barco, o vento cessou (v.32). O que indica que aquela tempestade servia como cenário para que os discípulos aprendessem uma importante lição: Reconhecer Jesus em meio da adversidade.

Atender a uma ordem divina nos garante que seremos imunes aos ventos contrários da vida. Mas nos garante que Jesus jamais nos perderá de vista, e quanto estivermos cansados de remar contra o mar, Ele virá em nosso socorro.

A CALAMIDADE DA TERRA DESCATASTROFIZA


Os homens desmaiarão pelo bramido do mar e das ondas; ou seja, pela desordem das águas.

Mas esta Terra não está mais reservada para as águas, mas sim para o fogo.

Por isso, mesmo assim e, sobretudo, me preocupo com tudo aquilo que Jesus disse que seria um sinal da calamidade humana que provocará a intervenção dos céus na Terra.

E por quê?

Ora, é que conquanto eu queira que o Senhor venha [Maranata!], sou estimulado pelo Senhor a lutar contra as profecias de Sua Vindaexceto quanto à “pregar o Evangelho do reino a todas as nações até que venha o fim”.

Entretanto, não devo fanaticamente tentar ajudar a cumprir as profecias; seja pelo descaso de quem vê a não faz nada; seja pelo fanatismo que se veste “do braço de Deus” e vai fazer “Cruzada ou Jirad” em nome do Altíssimo.

Mas comecei a escrever isto porque começou a chover aqui em Brasília, o que muito me alegra.

Sim! Porque honestamente eu nunca pensei, até há uns 20 anos atrás, que eu iria viver para celebrar cada chuvinha que caísse neste planeta, mesmo em situações catastróficas.

Sim! Porque chegará a hora que água caindo do céu será sempre tão bem-vinda, que mesmo os males que eventualmente cause serão vistos como menores do que a catastrófe de qualquer dilúvio.

O que não se suportará será o frio queimante de certos lugares e os calores infernais de outros, os quais serão capazes de assar os pulmões humanos e dos animais, secar as plantas e matar os peixes, em muitos lugares da Terra, incluindo a Amazônia; e também esta área desértica do Planalto central, falando agora apenas do Brasil.

Mas o fim não será logo!

Agradeçamos as chuvas... E até pelos tsunamis. Pois chegará a hora em que o sistema de controle humano de Babilônia será tão onipresente, que nossa maior angustia será a total falta de liberdade, de privacidade e de autodeterminação, pois a Lei do Politicamente Correto será a Lei do Anti-Cristo, da Grande Babilônia, da Meretriz que contra tudo, pois sendo também a Besta na sua forma sistêmica, tem sede em dominar, sobretudo almas humanas.

Pode chover, chuva abençoada!

Eu aqui olho pra você e agradeço porque toda água dos céus será sempre vista, daqui para frente, como sinal de bondade, pois os homens interromperam as Estações e os ciclos naturais até da Terra, e, agora, até os açoites das tempestades terão que ser por nós vistos como ainda uma disciplina de amor.

Dias virão em que se dirá: “Chove sobre nós!” Mas os céus somente trarão gelo, saraivada de pedras de gelo, ou, então, o inferno de um ar seco que queimará os nossos pulmões e nos fará ter dores de quem tem o peito numa assadeira.  

Obrigado pela chuva Senhor!
  
Caio