sábado, 1 de fevereiro de 2014

MICHAEL JACKSON - OFF THE WALL (OFFICIAL VIDEO HD)

O PAI/OLEIRO E A RELIGIÃO/OLEIRA...


Omar Caiam, um poeta, disse acerca do barro falando do oleiro: “Que tu não te esqueças de que um dia tu foste como eu; por isto, não me maltrates!

Sim, pois a coisa mais fácil que existe é o esquecermo-nos de onde viemos e de qual seja a nossa natureza essencial!

Agora, aparentemente mudando de assunto...

Imagine se o Pai do chamado “filho pródigo” fosse como a “igreja”, que, sendo apenas barro, surtasse o surto de um oleiro, de um fazedor de vasos, que tratasse o barro como se ele próprio barro não fosse.

Neste caso, o filho/barro sairia de casa no seu surto de independência ufanista. Estrepar-se-ia todo depois de consumir tudo... Então, caindo/o barro/em/si diria: “Pequei contra os céus e diante da Igreja/Oleiro; posto que na olaria da mina Igreja/Oleiro até os barros/trabalhadores têm pão com fartura; e, chagando..., direi: Igreja/Oleiro recebe-me apenas como um dos teus barros/trabalhadores!

E assim foi o filho/barro...

Chegando, porém, sua Igreja/Oleiro, ao vê-lo de longe, o ignorou... O filho/barro, porém, prosseguiu... E disse o que havia predeterminado antes.

Mas sua Igreja/Oleiro disse:
Este vaso não procede de mim. Não temos a mesma essência. Não sei quem ele é. Coloquem-no no forno como um trabalhador sem privilégios. Lembro-me de um vaso que um dia saiu daqui bem pintado; mas este é um vaso gasto e irreconhecível; e que ainda tem a presunção de querer ser algo meu ou de minha criação. Coloquem-no no fogo. Quem sabe um dia vire alguma coisa!

Esta é a parábola que a maioria conhece quando volta de seus erros à “Igreja/Oleiro”.

No caso da Parábola de Jesus o Pai é Deus e os filhos, até o “pródigo”, somos nós. E a recepção é de perdão e Graça.

Mas quando a “igreja” é o Pai/Oleiro, então a parábola é digna da lembrança de Omar Caiam:
Que tu não te esqueças de que um dia tu foste como eu; por isto, não me maltrates!

A nossa tendência quanto a esquecermos de nossa natureza, origem e essência é diabólica; assim como diabólico seria o Pai que esquecesse que o “prodigo” desfigurado era seu filho!

Diabólica também se torna a “Igreja” que se esquece de que seus vasos quebrados são exatamente da mesma natureza dela!

Quando Jesus contou aquela parábola Ele mostrava como o Pai era diferente da Religião/Oleiro/Presunçoso de Israel; a qual, sendo apenas barro, dadas as mudanças de poder histórico que lhes acometera exteriormente apenas como status e poder, tratava os publicanos/pecadores/barros como se barro mesmo ela, a religião, nunca tivesse sido e ainda não continuasse a ser.

O Pai de Jesus diz ao filho que retorna:
Psiu! Chega de falação. Ponham o anel da graça nas mãos dele e calcem-no com o Evangelho. Cubram-no com as melhores roupas da justiça da fé. E mais: preparem uma festa e convidem os anjos; pois, este meu filho é meu filho; posto que tendo estado morto e irreconhecível, reviveu; e estando se perdido de tudo e de si mesmo, caindo em si, foi achado”.

Portanto, graças de fato a Deus, o Pai/Oleiro não é a Religião/Oleiro!

Esta é a minha e a sua salvação!


Nele, em Quem a Graça é também nunca esquecermos que mesmo o vaso hoje mais belo não passa essencialmente de barro nas mãos da Misericórdia do Pai/Oleiro,


Caio

Campanha pró-virgindade constrange adolescentes cristãos


Por Hermes C. Fernandes

Ontem soube pela minha filha que uma campanha a favor da manutenção da virgindade antes do casamento estava figurando entre os trending topics do Twitter. Ela resolveu dar uma checada pra ver o que as pessoas estavam falando sobre o assunto, e ficou estarrecida. A maioria aproveitava para ridicularizar a campanha, e de quebra, escarneciam dos cristãos que a propagavam. A pedido dela, resolvi escrever algo a respeito.

Soube que campanha foi lançada pelo Pr. Filipe Valadão, esposo da cantora Mariana Valadão. Não quero aqui julgar as intenções, que creio, tenham sido as melhores. Mas gostaria apenas de emitir minha opinião sobre o desserviço que campanhas como esta prestam à causa do Evangelho.

Não é fácil ser um adolescente crente em nossos dias. Mas a julgar pelo que tenho conversado com meus filhos, na minha época de adolescência era ainda pior. Vivi sob o jugo do legalismo extremado. Não podia praticar esportes, soltar pipa, manter amizades fora da igreja, brincar na rua, participar de festa junina na escola, etc. Sofri muito escárnio na sala de aula, tanto por partes de colegas, quanto de professores. Uma vez tive que me esconder atrás do balcão de uma farmácia, para não apanhar de nove colegas que me perseguiam pela rua, após uma discussão religiosa em sala de aula. 

Por causa disso, decidi criar meus filhos de maneira diferente. Queria que eles fossem vistos como crianças normais e emocionalmente saudáveis. Por isso, sempre estiveram envolvidos em atividades extra-classes, como competições esportivas, teatro, dança, etc.  Fizeram muitos amigos e até hoje choram a falta que eles fazem durante nosso exílio aqui na América. Por conta de seu entrosamento com os colegas de classe, tiveram oportunidade de dar testemunho do amor de Deus sem qualquer resistência. Cansei de flagrá-los aconselhando colegas pelo MSN e até argumentando com os que se diziam ateus.

O que produz campanhas como esta que defende a manutenção da virgindade até o casamento? Discussão. Você conhece alguém que tenha sido alcançado pelo Evangelho através de uma discussão?

Veja: acho válido que conscientizemos nossos filhos sobre o valor da virgindade. Só não acho que seja um assunto para se tratar fora do ambiente do lar ou da igreja, pelo menos, não em forma de campanha.

Em vez de sair por aí defendendo a virgindade como uma valor em si mesmo, por que não abordamos temas como a valorização do casamento? Ainda que acabemos abordando o mesmo tema, nosso enfoque será outro. Deixe-me dar outro exemplo: em vez de fazer uma campanha de cunho moral acerca da pornografia e o mal que ela faz à alma, poderíamos falar sobre a valorização da mulher. Partiríamos de uma abordagem positiva, em vez de negativa.

O mesmo se dá quando o assunto é o homossexualismo. Recentemente assisti à fala de um pastor muito conhecido que espalhou outdoors por toda a cidade do Rio de Janeiro com a nítida intenção de provocar a comunidade homossexual. Será que algum homossexual se converteu através disso? Confesso meu descontentamento ao ouvi-lo declarar que aquilo foi como “uma casca de banana” colocada no caminho dos homossexuais para que escorregassem. Sinceramente, acho tudo isso contraproducente. Estamos levantando muros em vez de construirmos pontes.

Você acha que Jesus perderia tempo com estratégias como essa? Ele estava muito ocupado em amar as pessoas como elas eram, afim de que pudesse transformá-las, não pela argumentação, mas pelo amor.

Aqui nos Estados Unidos a onda entre os adolescentes cristãos é fazer voto de pureza até o casamento. Artistas teens como os Jonas Brothers, e Miley Cirus aderiram à campanha. Como sinal de compromisso, usam um anel de pureza. Quase comprei o tal anel para meus filhos quando visitamos recentemente uma livraria cristã. Mas depois de pensar um pouco mais sobre o assunto, cheguei à conclusão que isso é uma grande bobagem. Só serve pra colocá-los sob pressão, aumentando substancialmente o poder que a tentação possa exercer sobre eles. Admito que não é fácil ser pai de filhos adolescentes. Porém, não é uma bijuteria que vai colocar freio em suas pulsões hormonais. É necessário muito mais que isso. Meu papel como pai é orientá-los, mostrar-lhes as vantagens de se manter uma vida casta, uma vez que isso agrade a Deus. Porém, não quero que se sintam constrangidos perante os colegas. Não quero que sofram o que sofri por causa do peso legalista que tive que carregar.

Quando perguntados acerca do assunto, meus filhos não se envergonham de dizer que pretendem manter-se virgem até o casamento. Já até sofreram algum constrangimento por conta disso. Porém, jamais perderam o respeito de seu colegas, pois não fazem disso um cavalo de batalha. 

O que vai facilitar seu testemunho cristão não será o uso de um anel, nem discussões sobre virgindade, mas a maneira como tratam seus colegas, como se submetem à autoridade dos professores, suas notas, seu comportamento, sua alegria.

P.S. Escrevi este texto em dezembro de 2010, quando ainda morávamos na Flórida. Resolvi republicá-lo por considerar o assunto extremamente pertinente nos dias atuais. Infelizmente, temos insistido no caminho do legalismo, em vez de trilharmos a vereda da conscientização. Por isso, recorremos aos discursos ameaçadores que constrangem muito mais do que produzem reflexão. De certo, a virgindade não é um valor em si. Foi-se em tempo em que pastores e padres se recusavam a celebrar o casamento de uma noiva que não fosse comprovadamente intacta. Sinceramente, isso soa anacrônico. Acho louvável que jovens se proponham a manter a castidade, porém, não vejo razão para colocarmos um peso extra, que nós mesmos tivemos sérias dificuldades para carregar. Casei virgem e não me arrependo. Foram quase cinco anos de namoro. Mas eu e minha esposa decidimos que valeria a pena aguardar a hora certa, que julgávamos ser após o casamento. Sigo acreditando que este é o ideal. Parafraseando Paulo, gostaria que todos agissem como eu. Todavia, vivemos num mundo real, no qual nossos jovens vivem sob constante pressão social, cultural e hormonal. Se porventura um ou outro tem vida sexual ativa, isso não será o fim do mundo. Não é o ideal, porém, é a realidade com que temos que lidar. Não faz o menor sentido expulsar um jovem da igreja por ter perdido a virgindade ou praticado sexo consensual com sua namorada. Meu conselho é: guardem-se, mas se acontecer, ao menos, previnam-se. Dos males, o menor. E não sejam promíscuos. Não se entreguem a ninguém sem amor e comprometimento. Meninas, valorizem-se. Vocês são muito mais do que corpos bonitos. E lembre-se: quem pede prova de amor, está provando que não lhe ama. Não cedam a chantagens emocionais. Não negociem seus valores. Não joguem todo um projeto de vida no lixo por causa de alguns minutos de prazer. Tudo isso é dito em forma de conselho, sem ameaças de inferno ou excomunhão. Tão-somente demonstrando o quanto me importo com o seu futuro e a sua felicidade. 

Ed René Kivitz - Autoridade