segunda-feira, 28 de abril de 2014

O QUE É UMA MENTE ABERTA?


Examinai todas as coisas e retende o que seja bom” — Paulo.

Uma das coisas que hoje mais me impressionam acerca da mente humana é a capacidade das pessoas de não incluírem em suas vidas coisas e eventos inexplicáveis.
Sim! Assusta-me que as pessoas experimentem o inusitado, e, apenas por ser inexplicável, o arrancam de suas mentes, lembranças e histórias; ou ainda como referencias freqüentes na tentativa de entender o que não podendo ser negado, não seja, todavia, ainda explicável... 
Por exemplo:
Quando eu tinha 13 anos, juntamente com meu pai e cerca de 12 a 13 amigos, indo de Niterói para Itaperuna, no Estado do Rio, vimos, todos nós, no meio do céu, um objeto brilhante como se fora uma esfera prateada altamente brilhante, o qual estava parado, imóvel, no meio do firmamento azul.
Papai parou o carro e todos nos pusemos em pé, ao lado da estrada estreita de asfalto, olhando, perplexos, aquela coisa inexplicável. Ficamos alguns minutos ali especulando sobre o que seria aquilo. Papai descartava todas as sugestões que dávamos. Então alguém disse que seria um balão meteorológico, mas papai também descartou a idéia. Então, de súbito, a esfera saiu voando em velocidade impensável para nós, deixando apenas um risco de nuvem como rastro; e, assim, sumiu como se nunca estivesse estado ali.
Fomos embora comentando o episódio. No dia seguinte, no entanto, já na volta para casa, os meninos começaram a dizer que era melhor ninguém comentar aquilo, pois, ninguém acreditaria. Na realidade voltamos para casa e ninguém mais falou no assunto. Eu, todavia, não podia descartar o que eu havia visto apenas porque era inexplicável. Portanto, continuei a me interessar sobre o assunto, pois, mesmo que não pudesse entender ou mesmo saber o que era aquilo, não me era, todavia, possível viver como se tais coisas inexplicáveis não acontecessem.
Seis anos depois, já convertido e significativamente “maduro” mentalmente, em meio a uma aula de Física na Escola Técnica Federal do Amazonas, eu e toda a Escola fomos molestados por uma gritaria geral..., e, juntos, corremos para a janela da classe de aula. O professor de Física, professor Bessa, ficou ao meu lado na mesma janela.
Dali vimos chocados e em silencio um objeto que parecia uma montanha em forma de uma “Traça Gigante”, vazada de luz de dentro para fora, o qual vagava lenta e majestosamente sobre o céu da cidade... Foram não mais do que alguns minutos de avistamento, quando a “montanha” fez a volta suavemente sobre nós e foi deslizando no céu na direção do Rio Negro.
O professor Bessa nos disse que aquilo não era desta ordem de cosias, mas que ele não sabia o que era e nem poderia explicar.
Eu, agora crente, olhava para aquilo e pensava apenas na volta do Senhor!...
Saí dali e fui até a casa daquela que veio a ser a mãe de meus filhos, e, ao lá chegar, fui informado de que ela, o pai, que era Capitão dos Portos de Manaus, e todos os marinheiros de plantão na Capitania, que fica às margens do Rio Negro — haviam visto aquilo por mais de oito minutos, vagando sobre o rio até que desapareceu suavemente, assim como havia surgido.   
No dia seguinte não se falava em outra coisa na cidade toda. Era o ano de 1974. A cidade toda viu... E, por alguns dias, como todos haviam visto, se falava no assunto, mas, logo depois, tudo foi esquecido...
Seguindo na mesma linha de exemplo — não que seja a mais importante, mas é sem dúvida uma das mais ilustrativas do que desejo afirmar — vejo, hoje, todos os dias, a quantidade enorme de avistamentos da mesma natureza sendo reportados no mundo inteiro apesar da oposição dos Governos dos países e das empresas que possam institucionalmente ser chamadas a “testemunhar”.
São avistamentos cada vez mais freqüentes e documentados por radares, câmeras, fotos, radiação alterada em lugares, emissões estranhas de freqüências que paralisam equipamentos, sem falar em “quedas” de tais coisas em vários lugares, cujo material é imediatamente recolhido pelas autoridades, embora os impactos no chão e os efeitos radioativos não permitam pensar que se tratava apenas de uma “impressão” falsa tida pelas inúmeras testemunhas oculares.
Hoje em dia há milhares de avistamentos presenciados por toda sorte de testemunhas especializadas, como pilotos de caças supersônicos, pilotos de aviões comerciais, astronautas, técnicos de aeroportos, etc.
E mais: tais coisas espantosas acontecem no mundo todo desde a antiguidade. Mas para que não se viaje para o passado farto de tais testemunhos, fiquemos apenas no tempo presente.
Ora, com isto, o que digo é que me choca ver a cegueira auto-imposta. Sim! Assusta-me que tudo aquilo que não seja explicável ainda por nós, os humanos, tenha que se tornar “tabu”.
Os cientistas, por exemplo, buscam vida extraterrestre, mas, impõe condições para a admissão de tal possibilidade. Aceitariam tal possibilidade apenas se eles mesmos, em algum lugar fora da Terra, achassem vida insipiente ou desenvolvida. Mas, se tal coisa se manifestar ao povo, abertamente, sem que os cientistas sejam os privilegiados pelo avistamento, então, não serve; posto que nada seja real na percepção humana hoje em dia, sem que seja validado pela “ciência” ou por “cientistas isentos”.   
Os Governos dos países, com exceção dos paises pobres, escondem tudo, temendo que haja uma comoção mundial desinteressante ao controle das massas.
Os Esotéricos, todavia, levam tais coisas a sério, e, por tal razão, as “mentes ilustradas” entre nós, pensam: “Isso é coisa de Esotéricos!” — e, assim, nem mesmo se interessam pelo assunto, apenas porque grupos esotéricos se interessam.
Os cristãos, por seu turno, não entendendo o fenômeno e temendo relativizarem as Escrituras, que explicitamente nada falam sobre o assunto, tratam a questão com descaso, como coisa de esotéricos ou de ateus. E, assim, não têm interesse algum em pelo menos manterem-se abertos ao que esteja acontecendo, ainda que seja apenas por uma questão de respeito ao testemunho humano.
Ora, aqui não estou falando do fenômeno dos Óvnis, mas do fenômeno humano e mentalque faz com que coisas tão esmagadoramente documentadas e relatadas por milênios, sejam tratadas como se nunca tivessem acontecido.
Sim! O meu interesse, aqui, hoje, neste texto, é apenas mostrar como a mente humana é manipulável e silenciável; e mais: como ela é esquecidiça.
É nesse sentido que tenho dito a alguns “cientistas” que eu tenho uma mente infinitamente mais cientifica do que a deles, pois, estou aberto para considerar tudo.
E mais: não “limo” tais informações de minha mente apenas porque faltem explicações.
Ao contrario, fico aberto mesmo sem entender, pois, mantenho-me buscando linkar tudo o que possa ser integrado ao fenômeno em questão, ou que possa ser iluminado por ele, a fim de que eu possa compreender com mais clareza o que me cerca.
Então, alguns já me disseram que não posso ter a mente aberta pelo fato de que um homem de fé tem um script pré-definido pelos dogmas da fé. Eu, todavia, sem negar que seja fato que eu tenha um Absoluto em minha mente, afirmo que ainda assim fico aberto a tudo, posto que pela fé eu saiba que todas as coisas procedam de tal Absoluto: Deus.
Quando se trata de Óvnis, por exemplo, não penso neles como visitantes de outros planetas, mas como manifestações de seres que nós chamamos de “espirituais” apenas porque sejam feitos de energias diferentes daquelas que constituem nossos corpos.
O que creio, no entanto, é que tais coisas não vêm de fora, posto que existam aqui mesmo, em uma ou mais dimensões paralelas à nossa, as quais são por nós chamadas de existências espirituais.
Entretanto, como disse antes, meu interesse aqui é no fenômeno de esquecimento auto-imposto ao qual as pessoas se submetem apenas por não entenderem algo.
As coisas que não entendemos devem ser guardadas por nós como coisas que não entendemos, mas sem que as tratemos como coisas que não existem.
Não entendo o Universo, mas nem por isto posso negá-lo. Afinal, eu existo em seu ambiente.
Assim, negar as coisas que não se entende é tão louco quanto negar que o Universo exista apenas porque não o compreendo.
Pense nisto!

Caio

Deus prefere rupturas abruptas ou transições?


Por Hermes C. Fernandes

A maioria dos cristãos crê que haverá um tempo de justiça e paz no mundo. Uns creem que isso se dará através da cristianização do mundo, pela agência da igreja. Mas a maioria prefere acreditar que isso se dará subitamente, quando Cristo vier em glória e aqui estabelecer o Seu reino.

Para nutrirmos uma esperança bem fundamentada, precisamos recorrer às Escrituras, em busca do modus operandi de Deus.

Como Deus tem trabalhado ao longo da História?

Ele prefere trabalhar com rupturas abruptas ou transições?

Se Ele trabalha com rupturas, é justo esperar que a qualquer momento a História sofrerá uma intervenção radical por parte de Deus, seja através de um vultuoso avivamento repentino, ou através da volta iminente de Cristo para o estabelecimento do Seu reino de paz e justiça.

Mas se for comprovado que o método usado por Deus é caracterizado por transições em vez de rupturas, é plausível esperar que Ele trabalhe de maneira gradativa na expansão do Seu reino entre os homens.

Será que encontramos na natureza algum indício de como Deus trabalha?

Em Gênesis 8:22 lemos: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite”.

Verão e inverno são dois extremos dentre as estações. Foram as duas primeiras estações a serem nomeadas pelos humanos. O verão é caracterizado pelo calor, enquanto o inverno, pelo frio. Com o passar do tempo, os homens observaram que entre um extremo e outro, havia uma período de transição. O calor do verão não cede ao frio do inverno de um dia para o outro. Antes que o inverno chegue, o verão tem que ceder lugar ao outono. E antes que o verão volte, o inverno cede sua vez à primavera.

Hoje entendemos que o ano é dividido em quatro estações, e não apenas duas.

Da mesma maneira, o dia é dividido em duas partes de doze horas cada: o dia e a noite. O dia não vira noite de um minuto para o outro. Não se acende o sol como quem aperta um interruptor. Para que a noite vire dia, há um período extenso de transição que chamamos de “madrugada”. E para que o dia se torne noite, há um período chamado de “tarde”, ou “entardecer”. Da madrugada para a manhã há um breve momento chamado de “aurora”, ou “alvorada”. Da tarde para a noite há um breve momento chamado de “crepúsculo” (pôr-do-sol). Nada acontece abruptamente. Tudo obedece a uma ordem, a uma seqüência.

Podemos observar algo parecido no desenvolvimento da vida humana. Entre a infância e a vida adulta, há um período intermediário chamado “adolescência”. Neste período o indivíduo se adapta às novas dimensões do seu corpo, bem como às novas responsabilidades sociais da fase adulta. Ora se comporta como criança, ora como adulto. Alguns chamam esta fase de “aborrecência”, devido aos aborrecimentos sofridos pelos pais. Mas até isso é uma maneira de preparar os pais para “perder” seus filhos, atenuando o sofrimento por sua partida.

Da fase adulta à velhice, há um período intermediário que chamamos de “meia-idade”. Aos poucos, nossas forças diminuem, e nos habituamos às limitações da terceira-idade.

Já a velhice nos prepara para o grande salto, o momento da morte. O fato de sermos relegados a um segundo plano, nos dá a consciência de que a vida segue sem nós, de que não somos indispensáveis. O maior sofrimento que a morte trás se deve ao fato de não admitirmos que somos dispensáveis. Rubens Alves disse certa vez, quando perguntado se tinha medo da morte: “Não tenho medo da morte, tenho pena”. A gente tem dificuldade de aceitar que o mundo continua em sua trajetória, mesmo em nossa ausência. Não somos indispensáveis. E a velhice é o período que nos dá essa lição.

Imagine se dormíssemos crianças, e acordássemos adultos? E se no outro dia, amanhecêssemos idosos?

O filme “De repente trinta” fala sobre uma adolescente que acorda com trinta anos. Sem ter tido tempo pra se adaptar, ela passa pelas situações mais inusitadas e cômicas.

Cada fase do desenvolvimento humano traz seus próprios desafios, e nos prepara para a próxima.

O próprio Cristo teve de passar por cada fase. Ele poderia ter descido do céu já adulto. Mas em vez disso, experimentou ser um espermatozoide, depois um feto, um embrião, um bebê, uma criança, um adolescente, até chegar à maturidade, quando teve Sua trajetória interrompida pela morte, e por isso, não teve oportunidade de envelhecer.

Por que Ele não apareceu já adulto, oferecendo-Se para morrer por nossos pecados? Pra quê ter que passar por tudo aquilo? Ter que aprender a engatinhar, a falar, a andar? Tudo isso indica que Deus usualmente trabalha através de transições, e não de rupturas.

Vejamos, agora, através da História, a maneira preferível de Deus trabalhar. Na criação, por exemplo, Ele poderia ter feito todas as coisas instantaneamente. Bastava um estalar de dedos, e tudo surgiria do nada. Ninguém duvida que teria poder para isso. Entretanto, preferiu seguir uma seqüência. Tenha sido de 6 dias literais, como crêem alguns, ou em bilhões de anos, como advogam os cientistas, o fato é que Deus criou todas as coisas gradativamente, sem pressa.

Ao tirar o povo Hebreu do Egito, Deus poderia tê-los arrebatados até a Terra Prometida. Isso não constituiria qualquer dificuldade para Deus. Se Ele foi capaz de arrebatar Filipe, levando-o de um lugar ao outro em segundos, por que não poderia arrebatar todos os hebreus de uma só vez, poupando tanto trabalho? Mas em vez disso, permitiu que eles peregrinassem por 40 anos no deserto, até que estivessem prontos para herdar a Terra da Promessa. Já foi dito que o mais difícil não foi tirá-los do Egito, mas tirar o Egito do coração deles.

O deserto representa o período de transição entre o cativeiro e a promessa.

Quando chegaram à Terra que manava leite e mel, Deus poderia ter instituído um reino imediatamente. Mas antes que Israel estivesse pronto para ser governado por um monarca escolhido por Deus, teve que viver debaixo da autoridade dos juízes por muitos anos. Homens como Gideão, Sansão, Samuel, e até uma mulher, Débora, ajudaram a preparar o povo israelita para viver sob a autoridade de um rei ungido por Deus.

Quando Jesus inaugurou a era da Graça, Ele sabia que a igreja necessitaria de um período de adaptação. O livro de Atos narra essa fase de transição. Por isso, não pode tomar o livro de Atos como normativo para igreja nos dias de hoje. A igreja primitiva não nos serve de modelo. Nela, encontramos situações atípicas, como a que Paulo tomou a Timóteo, que era filho de pai grego, e o circuncidou “por causa dos judeus” (At.16:3). Mais tarde, o próprio Paulo advertiu: “Escutai! Eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará” (Gl.5:2).

Atos nos apresenta uma igreja adolescente, que ainda não se acostumara à realidade da Graça, e por isso, insistia em manter alguns resquícios da Lei.

O livro de Atos equivale, no Novo Testamento, ao livro de Êxodos no Antigo Testamento. Ele narra a peregrinação do Novo Israel, da escravidão da Lei, para a liberdade da Graça.

Por isso, nenhuma doutrina pode se fundamentar unicamente no livro de Atos dos Apóstolos.
Entre a remoção da Antiga Aliança, e a implementação da Nova, houve um período de transição. Foram necessários cerca de 40 anos, o equivalente a uma geração, para que a igreja tivesse o seu cordão umbilical cortado, rompendo de vez com o judaísmo. Isso se deu quando Jerusalém foi sitiada pelos romanos, e seu templo destruído, conforme previsto por Jesus. A antiga Jerusalém teve que dar lugar à nova Jerusalém, a igreja de Cristo.

E quanto ao Reino de Deus? De que maneira ele se estabelecerá no mundo? Será por uma intervenção abrupta, ou gradativamente?

Deixemos que o próprio Jesus nos diga:

“A que é semelhante o reino de Deus, e a que o compararei? É semelhante ao grão de mostarda que um homem tomou e plantou na sua horta. Cresceu e fez-se árvore, e em seus ramos se aninharam as aves do céu. Perguntou mais: A que compararei o reino de Deus? É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até que tudo levedou.” Lucas 13:18-21
Ambas as parábolas indicam claramente que a implantação do Reino de Deus é gradual, e não abrupta.

É comum vermos crentes sinceros esperando por uma manifestação espetacular do Reino de Deus no mundo. Mas o modus operandi de Deus é outro. Ele prefere a discrição, em vez do espetáculo. Jesus deixa isso bem claro ao declarar que “o reino de Deus não vem com aparência visível. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali! Porque o reino de Deus está dentro de vós”(Lc.17:20-21).

Se Ele quisesse, poderia simplesmente aparecer para todos os homens, em um glorioso espetáculo, e dizer: Eu sou Deus! Tratem de obedecer aos meus mandamentos! Mas, pelo que tudo indica, não é isso que Ele pretende fazer.

A semente de mostarda já foi plantada. O Filho de Deus já estabeleceu Seu Reino entre os homens em Seu primeiro advento. E o fermento já começa a levedar!

Estamos vivendo em um período de transição. Em breve, aquela pequena semente terá se espalhado em toda a Terra, e justiça do Reino brotará. Não é à toa que Jesus Se apresenta como a “Estrela da Manhã”, aquela que anuncia que o dia já está amanhecendo.

O caminho proposto por Deus à igreja é a vereda dos justos, que “é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv.4:18). Estamos a caminho do dia perfeito, quando o Sol da Justiça brilhará em todo o Seu resplendor.

João dá testemunho de que “as trevas vão passando, e já brilha a verdadeira luz” (1 Jo.2:8). Paulo também parece concordar com a afirmação joanina, ao declarar: “A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas e vistamo-nos das armas da luz”(Rm.13:12). Podemos dizer que estamos vivenciando a aurora do Novo Dia. Já podemos contemplar o degradê, resultado dos primeiros raios solares que despontam no horizonte celeste.

Cabem aqui as palavras proféticas proferidas por Isaías: “Levanta-te, resplandece, pois já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti. As trevas cobrem a terra, e a escuridão os povos; mas sobre ti o Senhor vem surgindo, e a sua glória se vê sobre ti” (Is.60:1-2).

Repare no uso do gerúndio, demonstrando claramente que se trata de uma transição, e não de algo abrupto: “A glória do Senhor vai nascendo sobre ti (...) Sobre ti o Senhor vem surgindo”. Portanto, é hora de levantar, de despertar de nosso sono letárgico, e assumirmos uma postura de vanguarda neste mundo. Esta é a ordem do dia para igreja de Cristo espalhada no mundo:“Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará”(Ef.5:14). Em vez de ficarmos aguardando uma manifestação repentina do Reino de Deus, arregacemos as mangas e trabalhemos por sua expansão.

Já, já, poderemos fazer coro com Salomão: “Vê! Já passou o inverno; as chuvas cessaram, e se foram. Aparecem as flores na terra; o tempo de cantar chegou, e a voz das rolas ouve-se em nossa terra. A figueira já deu os seus figos, e as vides em flor exalam o seu aroma” (Ct.2:11-13a).