sexta-feira, 20 de junho de 2014

A Ascensão de Cristo e o lançamento secreto da NASA

Na última quinta-feira, dia 22 de Abril, eu e minha família fomos surpreendidos ao flagrarmos o lançamento de uma nave espacial secreta do governo americano. Estávamos saindo de casa às 19:50h. quando vimos no horizonte aquela explosão de luz. Outro vizinhos saíram pra rua para assistir ao espetáculo. Por se tratar de uma missão secreta, só foi divulgada pela mídia depois do lançamento. Sem saber do que se tratava, fiquei boquiaberto. Só deu para perceber que era um foguete depois que o brilho ofuscante diminuiu, deixando um enorme rastro de fumaça no céu. Consegui acompanhar com os olhos até que o foguete soltou-se da nave, divindindo-se em várias partes.

Um espetáculo ímpar, confesso, e que muito me impressionou. Sempre quis assistir ao lançamento de um foguete. Mas nas duas vezes que fui ao Cabo Canaveral, a primeira em 1991 e a segunda no final do ano passado, não era dia de lançamento. Mas nesta quinta, aconteceu acidentalmente. Assisti praticamente do quintal da minha casa.
Passei o resto do final de semana meditando sobre como deve ter sido para os discípulos assistirem à ascensão de Jesus. Imagine: Jesus estava conversando naturalmente com eles, e sem qualquer aviso prévio, uma nuvem desce do céu (pelo menos é assim que eles descreveram o fenômeno), encobre Jesus e O eleva ao céu. Sem adeus, sem nem ao menos um aceno. Os discípulos só souberam o que estava ocorrendo quando dois seres misteriosos, trajando roupas brancas, apareceram entre eles afirmando que da maneira como Jesus subia, Ele um dia retornaria, só que dessa vez, não mais à vista de um grupo, mas à vista de toda a humanidade.

Há muitas especulações sobre a tal missão americana no espaço. O que aquele protótipo estaria fazendo lá em cima?

O X-37B, que parece um ônibus espacial em tamanho reduzido, e sem tripulação, foi lançado do Cabo Canaveral, no Estado americano da Flórida. Com 9 metros de comprimento, 4,5 metros de envergadura, a nave reutilizável tem cerca de um quarto do tamanho dos ônibus espaciais. O veículo militar não tem piloto e realizará a primeira volta à Terra e aterrissagem autônomas da história do programa espacial norte-americano. Especulações sobre os objetivos da nave levaram a acusações de que o projeto seria mais um passo para a militarização do espaço.

E quanto a Jesus? Sabemos qual foi Sua missão ao descer à Terra. Mas qual seria Sua missão ao subir aos céus? Seria TOP SECRET como a missão deste foguete lançado pela NASA na última semana?

Deixemos que Paulo nos responda:

“Aquele que desceu é o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas”
(Ef.4:10).

Pra onde Jesus teria ido? Para algum outro planeta? Não! Para algum lugar distante do espaço sideral? Não! Nas palavras do apóstolo, Jesus “subiu acima de todos os céus”. Primeiro, temos que entender que Paulo usa uma referência espacial (acima), porque do ponto de vista humano, qualquer lugar que esteja fora do nosso campo de visão, é como se estivesse “acima”. Mas quando se sai da órbe terrestre, não há mais “acima” nem “abaixo”. Pergunte a um astronauta em órbita o que é sentir-se no meio do nada. Dependendo da posição da nave, pode-se dizer que a terra está abaixo deles, ou ao lado, ou mesmo acima. Tudo depende da posição de que se vê.

Jesus subir acima de todos os céus significa ser transferido à um lugar que transcende a existência do cosmos. Onde quer que o Universo termine, Jesus extrapolou seus limites, transpôs suas fronteiras. E ao atravessar as chancelas do tempo e do espaço, Jesus simplesmente abarcou em Si mesmo toda a realidade.

Paulo diz que Cristo tinha que subir acima de todos os céus para “cumprir todas as coisas”. Ora, se Ele terminou Sua obra na cruz dizendo que estava tudo “consumado” (cumprido), que outra obra Ele teria que cumprir “do outro lado”?

O verbo grego traduzido aqui como “cumprir” é plēroō, que poderia ser melhor traduzido como “encher”, ou ainda “plenificar”.

Jesus foi elevado a um nível de existência em que cada molécula do Seu Corpo físico assimilou em si mesma todas as estrelas do cosmos. Tudo o que é cósmico tornou-se agora crístico. O Universo foi absorvido n’Ele. Por isso, não há um centímetro quadrado sequer neste imenso universo que não esteja tomado pela glória de Deus. Talvez Paulo tivesse isso em mente ao declarar aos atenienses que “nele vivemos, e nos movemos e existimos” (At.17:28). Mas certamente era o que ele tinha em mente quando declarou que "foi do agrado do Pai que toda a plenitude (da existência) nele habitasse" (Col.1:19).

O Universo tornou-se nas vestes do Senhor, transfiguradas pela glória n'Ele revelada, como aconteceu no Monte da Transfiguração. Tal evento foi o avant premier do que acontecerá a todo o cosmos. O escritor sagrado sugere esta mesma figura de linguagem ao afirmar: "Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, e os céus são obra de tuas mãos. Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles, como roupa, envelhecerão. Qual um manto os enrolarás; como roupa se mudarão..." (Hb.1:10-12a). Ao ser tomado pela glória do Criador, a velha criação se transmuta, tornando-se "novos céus e nova terra". Davi previu isso ao declarar: "Estás vestido de glória e de majestade. Ele se cobre de luz como de um vestido, estende os céus como uma cortina" (Sl.104:1b-2). A Criação deixou de ser o lugar onde Ele Se esconde, para ser a plataforma de onde Ele Se revela. O Universo é o palco, a consciência é a platéia. O Espírito Santo é o Holofote. Em Cristo as cortinas se abrem, e Deus Se desnuda ante os nossos olhos.
A questão agora não é “onde encontrá-lO?”, e sim “onde não encontrá-lO?” Ele encheu todas as coisas! Foi por isso que Ele teve que ser elevado acima de todos os céus.

Ao contemplarmos o esplendor de uma noite estrelada, estamos, por assim dizer, contemplando o tecido que envolve o Corpo de Cristo, o genuíno manto sagrado. Ora, se Paulo compara nosso corpo físico às vestes, podemos dizer que o Universo seria o Corpo cósmico de Cristo, conquanto seja também Suas vestes (2 Co.5:3).

Se na Encarnação Ele assumiu um corpo gerado no ventre de uma mulher, na Ascensão Ele assumiu toda a Criação, elevando-a juntamente com Ele.
“E sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que enche tudo em todos (…) estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nas regiões celestiais, em Cristo Jesus” (Ef.1:22-23, 2:5-6).
Esta é uma verdade surpreendente. Se o Universo é o Corpo Cósmico de Cristo, suprindo-O de moléculas (matéria inanimada), a Igreja é o Corpo Místico de Cristo, sumprindo-O de células vivas e conscientes. Somos o Organismo Vivo de Cristo, e é através de nós que Ele Se expressa no Mundo. Somos Seus ouvidos, olhos, boca, mãos e pés. E é através de nós que Ele almeja afetar todas as consciências, para que assim cada membro da humanidade torne-se também membro do Seu Corpo Místico. A igreja nada mais é do que o embrião da nova humanidade, formada por homens e mulheres escolhidos por Deus cujas consciências foram absorvidas pelo mistério da fé. Atenção: nossa eleição não é um fim em si mesmo. De fato, os “poucos escolhidos” o foram para o bem de todos.
Se Cristo não houvesse ascendido aos céus, jamais poderia fixar residência em nós pelo Seu Espírito. Ele mesmo declarou que se não fosse tirado do mundo, o Consolador não poderia vir. Se antes era Emanuel, Deus conosco, agora é CRISTO EM NÓS. Por intermédio da igreja, Sua missão é compartilhar a consciência do Seu reino à cada ser humano na face da terra, “para que Deus seja tudo em todos” (1 Co. 15:28).
Fonte: Tirei do blog do meu Amigo Hermes C.Fernandes