sexta-feira, 31 de outubro de 2014

PASMEM! Halloween tem origem cristã


Tornou-se rotina em outubro para algumas escolas cristãs e igrejas, enviar cartas de advertência aos pais sobre os males do Halloween. "Halloween" é simplesmente uma contração de All Hallows 'Eve (Véspera de Todos os Santos). A palavra "Hallow" significa "santo", ("Hallowed Be Thy Name" = "Santificado seja o Teu Nome"). O Dia de Todos os Santos é comemorado em primeiro de novembro. É a celebração da vitória dos santos em união com Cristo. A observância de várias celebrações de Todos os Santos surgiu no ano 300, e estes foram unidos e fixados em primeiro de novembro 700 anos depois. A origem do Dia de Todos os Santos e de Véspera de Todos os Santos (Halloween) no Mediterrâneo não tem nada a ver com o druidismo celta ou com a luta da Igreja contra o druidismo (assumindo que não houve sequer qualquer coisa como druidismo, que na verdade é um mito inventado no século 19 por neo-pagãos.). 


Na Primeira Aliança, a guerra entre o povo de Deus e os inimigos de Deus foi travada no plano humano contra os egípcios, assírios, etc. Com o advento da Nova Aliança, no entanto, dizem-nos que a nossa batalha principal é contra os principados e potestades, contra anjos caídos que cativam os corações e as mentes dos homens na ignorância e e no medo. Estamos certos de que através da oração, fé, e obediência, os santos serão vitoriosos em nossa luta contra essas forças demoníacas. O Espírito nos assegura: "O Deus de paz esmagará Satanás debaixo dos vossos pés em breve" (Romanos 16:20). 

Não estou aqui defendendo a celebração de tal festa, mas apenas oferecendo uma versão diferente daquela que geralmente tem sido ensinado em nossas igrejas. Conhecer nunca é demais. 

Nos Estados Unidos, maior nação protestante do mundo, muitos cristãos celebram sem qualquer culpa. As próprias igrejas usam seus estacionamentos para venderem abóboras que são usadas durante a celebração. No primeiro ano nosso lá, tivemos muito receio de abrir as portas para as crianças que batiam pedindo doces. Mas depois, verificamos que tudo não passa de uma brincadeira ingênua, e passamos distribuir doces e balas para as crianças que lá chegavam dizendo "doce ou travessura". 

Quanto à celebração desta festa em solo brasileiro, não vejo com maus olhos, mas também não acho que seja necessário importar mais uma festa estrangeira, tendo em vista nossa riqueza cultural. Sem contar que para nós, protestantes, há uma celebração muito mais importante que não pode ser ofuscada por qualquer festa popular. 

A propósito, Feliz Dia da Reforma para todos! A Reforma Protestante foi a vitória de todos os santos, de todas as eras.

Fonte: Blog de Hermes C. Fernandes

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Amor sem proselitismo e outras intenções


Por Hermes C. Fernandes


Deus não nos enviou ao mundo para convertê-lo, mas para amá-lo. Conversão são outros quinhentos  e não cabe a nenhum de nós. Achar-se capaz de converter o mundo beira à presunção.

O amor deve ser totalmente despretensioso, entregando-se voluntariamente sem esperar resultado algum. De modo que, se não formos correspondidos, isso não nos afetará. Nem mesmo a ingratidão nos fará desistir de amar. O alvo supremo do amor sempre é o bem de quem se ama.  

Qualquer coisa que se faz na expectativa de algum retorno não é amor, mas barganha, e, portanto, contrário ao espírito do evangelho.

Muitas igrejas têm promovido trabalhos sociais dignos de louvor. Todavia, o índice de frustração é muito grande, pois os mesmos não vêm acompanhados de resultados considerados satisfatórios.

A meu ver, precisamos rever nossos paradigmas.

Aproveitar a dor alheia para empurrar nossa visão religiosa não é evangelismo, mas proselitismo, do tipo adotado pelos fariseus; em vez de alívio, agrava o sofrimento, tornando-o insuportável. Jesus os advertiu, dizendo: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós” (Mt. 23:15).

Nosso modelo de evangelização ainda está atrelado à visão colonialista europeia. Nossa abordagem está contaminada pela presunção de que temos algo que os outros não têm. Somos os civilizados, e eles, os selvagens. Somos os cristãos, e eles, os pagãos. Temos Cristo, eles não.

Oferecemos ajuda humanitária como uma moeda de troca, exatamente como os espanhóis e portugueses faziam com os índios ao oferecer-lhes bugigangas tais como espelhos e pentes.

É claro que almejamos compartilhar Cristo ao maior número possível de pessoas. Todavia, antes disso, devemos compartilhar nossa própria alma de maneira despretensiosa (1 Ts.2:8).  

Por conta do forte proselitismo de algumas igrejas e instituições cristãs, as pessoas já estão escaldadas. Qualquer aproximação é vista com suspeita. Nossas obras sociais e humanitárias se tornaram a isca que camufla o anzol.

Jesus disse que faria de Pedro e André pescadores de homens. Todavia, o tipo de pesca que eles faziam era com rede e não com vara. Portanto, dispensava o uso de iscas.

Será que a intenção de Jesus ao multiplicar aqueles pães e peixes era meramente proselitista? Então, por que não houve um “apelo evangelístico” após alimentar a multidão?

E quando a igreja em Jerusalém resolveu assumir os cuidados das viúvas da comunidade, elegendo diáconos para dedicar-se a esse “importante negócio”, havia alguma intenção “evangelística”? Ou teriam sido movidos exclusivamente por amor?

Alguns poderão contestar dizendo: Se amamos as pessoas, queremos vê-las salvas. Concordo! Mas não me parece ético se aproveitar de uma necessidade material ou emocional para apresentar o evangelho. Seria mais ou menos como um político cheio de boas intenções oferecendo dentaduras e botijões de gás para quem lhe der o voto.

Repito: precisamos rever nossos paradigmas.

Quero propor aqui uma abordagem diferente.  Em vez de presumir que levaremos Deus a eles, nossa visão será a de buscar Deus neles.

Haveria algum embasamento bíblico para isso?

Jesus disse que no último dia seríamos julgados pelo bem que houvéssemos feito a Ele próprio, isto é, pela comida com que O alimentamos, a roupa com que cobrimos Sua nudez, a visita que Lhe fizemos na cadeia, etc. E quando perguntássemos quando tais coisas teriam ocorrido, Ele responderia: Quando fizeram a um dos meus pequeninos.

Engana-se quem pensa encontrar Cristo na suntuosidade das catedrais. Ele está à nossa espera sob as marquises e pontes dos grandes centros urbanos, nas cadeias superlotadas, nos lixões e bolsões de miséria. 
Em outras palavras, aquele gente sofrida tem muito mais a nos oferecer do que nós a ela. Seu sorriso é o sorriso de Cristo. Abraçá-la é sentir o calor dos braços d’Aquele a quem servimos.

Antes de querer convertê-los a Cristo, devemos descer de nosso pedestal religioso e converter-nos a eles. E quando, finalmente, buscarmos Deus neles, eles O encontrarão em nós. 
O tipo de amor que devemos dispensar-lhes é aquele esboçado por Paulo ao declarar: “Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado” (2 Coríntios 12:15).

Não espere resultados! Apenas, ame. Gaste-se. Doe-se. Entregue-se por inteiro. E tudo isso só será possível onde houver a morte do nosso eu com todas as suas pretensões e presunções. Somente aí o fruto virá. Jesus diz que “se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto” (João 12:24). Talvez esta seja a razão pela qual os frutos têm sido escassos. O grão tem caído na terra, mas não tem morrido. Temos amado, mas quando não somos devidamente correspondidos, sentimo-nos frustrados e desistimos de amar.

Para reverter isso, a única saída é a cruz. Nosso “eu” não merece outro tratamento senão a morte. Então, o fruto virá em abundância. Colheitas ocorrerão naturalmente, sem que tenhamos que recorrer a expedientes mirabolantes. Deixemos nossas estratégias marqueteiras. Façamos com a mão direita sem que a esquerda tome conhecimento. Sejamos movidos exclusivamente por amor e não por interesses, ainda que os mais nobres.  O máximo que conseguiremos através de nossas estratégias serão adesões. Entretanto, os frutos não permanecerão. Deixemos por conta d’Ele aquilo que só Ele é capaz de produzir: verdadeiras conversões. Quanto a nós, amemos... não só com palavras, mas de fato. 

Em vez de evangelização ostensiva, proponho que promovamos uma amorização despretensiosa, cheia de compaixão e carinho, sem qualquer outra intenção que não seja o bem daqueles a quem devotamos nosso amor. 

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

QUEM É VOCÊ NESTA ESPERA?...




Faz dois mil anos que gente como eu aguarda a volta de Jesus. Estou no roll onde figuram gente como Maria, Pedro, João, Paulo, Barnabé, Tomé, e bilhões de outros no curso destes dois últimos milênios.
Outros bilhões, mais bilhões ainda..., passaram por aqui [...] por este planetinha [...] sem saberem de nada disso [...]; e, portanto, sem tal esperança explicita, não em relação a Jesus, ainda que, em muitos povos e nações, sempre tenha havido a Figura do Enviado Divino [...] -- sempre aguardada.
Na sequência de Mateus 24 e 25 Jesus nos advertiu quanto à "demora" desse aguardar...e suas possíveis CONSEQUÊNCIAS para a alma de cada um de nós.
Leia Mateus 24 e 25 e veja:
É porque "o Senhor demora" que alguns dos "administradores dos Seus bens" se arvoram a postarem-se como "donos do negócio", e, além disso, ainda usam e abusam dos seus conservos, igualmente "contratados" pelo "Senhor que demora"...
É porque "o Noivo tarda" que as "virgens" dormem [...] todas elas [...] inclusive as "prudentes", as que levaram azeite para uma eventual longa espera pelo "Noivo".
É porque "o Senhor só vem depois de muito tempo" que um dos que haviam recebido "talentos", dons e potenciais para multiplicar durante a "estada" de "espera" [...] decidiu enterrar o que tinha, ao invés de multiplicar, tornando a sua "espera" algo que fosse um "estada" útil.
Não se diz isso... [...] - mas é também porque "o Senhor demora" que muitos passam a somente ver Deus na vida nas expressões das simbolizações religiosas explicitas do sagrado, e, por causa disso, perdem a possibilidade de saber intuitivamente de Deus como encarnado nos pequeninos e em toda necessidade humana. Daí os do primeiro grupo [os do 'nunca te vimos'] terem dito que "nunca viram o Senhor" passando "necessidades", enquanto os dos segundo grupo disseram que fizeram o que fizeram, "não por causa do Senhor", mas porque não poderiam ter deixado de ser e fazer o que fizeram diante da calamidade humana.
Ora, o que Jesus ensinou é que...
1. Ele demoraria, segundo os padrões humanos de "espera";
2. por causa disso uns se tornariam maus e abusadores dos irmãos;
3. por causa disso uns outros perderiam a alegria e cairiam no "sono" da desesperança;
4. por causa disso outros "se enterrariam" na existência, pela falta de alegria no viver, pela falta de Graça no crer...;
5. por causa disso muitos e muitos perderiam a possibilidade de ver que a única religião de Deus é o amor que serve ao próximo pelo próximo, e não por causa de Deus.
Apenas uma pergunta:
QUEM É VOCÊ NA ESPERA?

Pense nisto!

Caio

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Eu era feliz e não sabia!


Por Hermes C. Fernandes


“Eu era feliz e não sabia!” Li esta frase, se não me engano, pichada no muro de uma estação de trem durante o governo José Sarney. Quem a escreveu não pretendia homenagear Ataulfo Alves, o brilhante compositor que a escreveu na linha final da canção "Meus tempos de criança", em que celebra as memórias de sua infância. Em vez disso, seu propósito era expressar a saudade que sentia do período da Ditadura Militar. O fato é que o primeiro governo civil que tivemos depois de vinte anos de ditadura foi uma lástima. A inflação explodiu. O desemprego e a violência urbana, idem.

Quem nunca se viu tomado por um sentimento de nostalgia que atire a primeira pedra.Ah, meu tempo de criança... A gente tem por hábito achar que o passado foi muito melhor do que o presente. Todavia, a recomendação das Escrituras vai da direção oposta:

“Nunca digas: Por que foram os dias passados melhores do que estes? Porque não provém da sabedoria esta pergunta. Eclesiastes 7:10

Cada etapa de nossa peregrinação existencial serve a um propósito maior. Se há, de fato, um tempo áureo, este se encontra no futuro, não no passado. Por isso, somos convocados a cultivar a flor da esperança e não da nostalgia. 
O salmo 137 expressa eloquentemente este sentimento:

“Junto aos rios da Babilônia, ali nos assentamos e choramos, quando nos lembramos de Sião. Sobre os salgueiros que há no meio dela, penduramos as nossas harpas. Pois lá aqueles que nos levaram cativos nos pediam uma canção; e os que nos destruíram, que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos uma das canções de Sião. Como cantaremos a canção do Senhor em terra estranha?” Salmos 137:1-4

O que se poderia esperar de alguém naquelas condições? Como esperar ouvir canções de quem fora tirado à força de sua terra e levado cativo para uma terra estranha? Para os judeus havia chegado a hora de pendurar suas harpas. Não fazia o menor sentido celebrar durante um tempo de cativeiro. Para eles, a felicidade habitava em algum lugar do passado. Eles adorariam se as profecias de que passariam apenas alguns dias na Babilônia fossem verdadeiras. Mas em vez disso, Jeremias os importunava dizendo que sua estada ali abrangeria várias gerações.

Mas o que seriam 70 anos de cativeiro na Babilônia para quem já havia amargado mais de 400 anos de escravidão no Egito? Antes cativo por duas gerações do que escravo por dez.

A verdade é que as pessoas nunca estão satisfeitas com o presente e em vez de se projetarem para o futuro, preferem murmurar e cogitar o quão felizes já foram um dia.  Se rebobinassem a fita um pouco mais, veriam que antes de chegarem a Sião, amargaram 40 anos de peregrinação no deserto, e antes disso, 400 anos de serviços forçados no Egito.

A felicidade não está em algum lugar do passado, mas em algum lugar do porvir. E quanto mais retrocedermos ao passado, mais distantes estaremos dela. A ordem é avançar (Fp.3:13). Se não for possível agora, é melhor marcar passo por alguns instantes do que andar para trás. Afinal de contas, Deus não tem prazer nos que retrocedem (Hb. 10:38).

Não importa em que etapa estivermos, sempre haverá quem reclame e expresse saudade do passado. Durante sua marcha pelo deserto, o povo hebreu sentiu falta das cebolas do Egito, esquecendo-se de quão dura havia sido sua estada naquela nação (Nm.11:5). Eles chegam a dizer que tudo o que recebiam no Egito vinha-lhes de graça. E as chibatadas? E ver os filhos trabalhando sem qualquer perspectiva, não conta?

A verdade é que insistimos em nutrir uma visão romântica do passado. O tempo dos nossos avós é que era bom. Havia mais cavalheirismo, dirão as mulheres. E quanto a ser tratada como objeto pelo marido, não conta? Não faz tanto tempo assim que as mulheres nem sequer podiam votar. E se o marido a matasse alegando ser para lavar a sua honra, nenhum juiz o condenaria.

Quantas vezes tenho ouvido meus filhos dizerem que prefeririam ser jovens nos anos 70 ou 80. Posso até concordar que a música era bem melhor do que as que ouço hoje nas rádios. Mas, sinceramente, não trocaria este tempo por nenhum outro da história. Quem tem a minha idade sabe o que é viver na expectativa de que a qualquer momento poderá estourar uma guerra nuclear que dizimará a população mundial. Conhece também a fúria de uma inflação galopante. O mesmo pacote de biscoito que se comprava por um preço pela manhã no supermercado, custaria mais caro depois do meio-dia. Somente os ricos tinham telefone em casa, carro, geladeira e TV colorida. Não tenho saudade disso.

Saímos do Egito da Ditadura Militar, atravessamos o deserto dos primeiros governos civis depois de duas décadas, e agora aspiramos pela terra prometida de uma nação mais justa, menos corrupta, mais solidária, menos preconceituosa. Cada governo deu sua contribuição neste processo, e algumas vezes, também contribuiu para o retrocesso. Porém, devemos lealdado ao futuro e não a uma ideologia, partido ou candidatura em particular.

A jornada no deserto deveria ter durado quarenta dias. Mas por causa da saudade do Egito, durou quarenta anos. Foi mais fácil tirá-los do Egito do que tirar o Egito deles.

Que Deus nos livre e guarde de uma nova ditadura, seja de esquerda ou de direita, militar ou civil.  Enfrentemos o que tivermos que enfrentar, mas não retrocedamos. Se não houver motivos para celebrar, penduremos nossas harpas, adiemos nossa esperança por mais um prazo, mas não nos entreguemos ao desespero, nem retornemos ao Egito.

O exílio na Babilônia equivalia à estadia num hotel cinco estrelas em comparação ao tempo de escravidão egípcia.

Pelo menos, o que nos pedem na Babilônia é que cantemos as canções de Sião. O que nos pediam no Egito era que construíssemos seus palácios ao poder de chibatadas.

Os filhos de Israel chegaram ao Egito como convidados especiais de Faraó, devido ao seu parentesco com José, então governador do país. Na medida em que foram se multiplicando, tornaram-se alvo de preocupação. Um novo Faraó se levantou e, por não ter conhecido a José, não teve qualquer consideração pelos hebreus. Para evitar um levante, tornou-os escravos. Já na Babilônia, os judeus chegaram como exilados. Não eram forçados a nada. Só não podiam voltar à sua terra. Alguns foram levados ao palácio do rei e tratados como príncipes, dentre eles, Daniel.  Pelo menos, havia perspectiva de ascensão.

No Egito, eles trabalharam na construção de palácios para os egípcios. Na Babilônia, tinham a oportunidade de construírem suas próprias casas, plantarem seus jardins, casarem seus filhos, etc. (Jer. 29:4-7).

Quanto maiores os direitos e privilégios, maiores também as responsabilidades.

Enquanto estavam no Egito, foram poupados das pragas enviadas por Deus. Somente os egípcios eram atingidos (Êx.10:21-23). Mas na Babilônia, foram instruídos pelo profeta Jeremias a trabalharem pela prosperidade da cidade, pois se ela prosperasse, eles igualmente prosperariam. Trata-se, portanto, de um paradigma diferente do egípcio. Na condição de escravos, Deus os protegia das pragas. Mas na condição de cativos, tudo o que ocorresse à cidade, igualmente os acometeria.

Creio que vivemos neste paradigma nos dias atuais. Deus não nos tem colocado numa redoma. Como disse o escritor de Eclesiastes, “tudo sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao mau” (Ecl.9:2). Não é em vão que Pedro se dirige à igreja como aquela que habita na Babilônia (1 Pe.5:13). A ordem, portanto, é que nos insiramos em seu contexto social, cultural, político e econômico, buscando fazer a diferença em vez de ficar nos lamentando de saudade de Sião.

E não adianta recorrermos ao Egito em busca de ajuda contra a Babilônia (Is.30:1-3). Deixemos o Egito onde ele deve ficar, nas páginas do livro de história (Êx.14:13). O que nos espera à frente é uma terra que mana leite e mel. Enquanto atravessamos o deserto, aproveitemos o maná que cai do céu, sem nos esquecer de que, tão logo atravessemos o Jordão, o maná cessará, pois viveremos daquilo que cultivarmos na terra da promessa.

Cada nova etapa tem suas próprias demandas. Não se pode viver em Canaã como se perambulasse ainda pelo deserto. Como não se pode viver em Babilônia como se vivesse na escravidão do Egito. No dizer de Paulo, "quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino; desde que me tornei homem, deixei as coisas de menino" (1 Co. 13:11), 

Aproveitando a proximidade do dia das crianças, quero dizer que até tenho saudade da minha infância, mas não do meu tempo de criança. Acho que preferiria ser menino hoje...rs

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Dez dicas para se tornar mais esperto produtivo


RIO — Você pode até achar que a inteligência é algo adquirido. Ou algo que se alcança na juventude e depois não muda. Mas não é bem assim. Aperfeiçoar o cérebro e tornar-se mais produtivo é uma questão de trabalho contínuo e não está diretamente ligado a um comprometimento enorme de tempo e energia, aponta pesquisa feita com empresários e executivos pelo site de perguntas e respostas Quora.
Segundo o estudo, tornar-se mais produtivo e esperto não significa necessariamente voltar para a escola ou trocar toda a biblioteca com livros de temas superprofundos — embora ler seja um ótimo combustível para a mente. A “Times” reuniu dez pequenas atitudes diárias deste levantamento que podem melhorar significativamente a potência mental e, consequentemente, o desempenho profissional.
1. Saiba usar seu tempo on-line
Seus intervalos on-line não precisam ser somente para checar as redes sociais ou publicar fotos diárias do seu animal de estimação. A internet também funciona como uma grande fonte de pesquisa para cursos on-line, vídeos motivadores profissionais e para melhorar o vocabulário. Substitua alguns minutos de postagens irrelevantes com algo mais nutritivo mentalmente.
2. Anote o que você aprende
Não precisa ser nada longo, mas reservar alguns minutos do dia para refletir sobre o que você aprendeu é um bom estímulo ao cérebro. “Escreva 400 palavras por dia sobre coisas que aprendeu”, sugere a professora de ioga Claudia Azula. Mike Xie, pesquisador da Bayside Biosciences, concorda: “Escreva sobre o que você aprendeu”.
3. Faça uma lista das realizações
Grande parte de inteligência vem da confiança e felicidade. Uma dica é parar de anotar tudo o que você não fez e, ao invés disso, fazer uma lista do que você já conseguiu realizar. A ideia da “lista do que foi feito” é recomendada pelo empresário Marc Andreessen, co-fundador da Netscape Communications Corporation.
4. Jogue Jogos de tabuleiro e quebra-cabeças não são apenas diversão, mas também uma ótima maneira de exercitar seu cérebro. Segundo Xie, jogos ajudam a exercitar sua memória de trabalho. Mas o segredo é jogar sem a ajuda de livros ou pessoas.
5. Tenha amigos inteligentes
Pode ser duro com a sua autoestima, mas sair com pessoas mais espertas do que você é uma das maneiras mais rápidas de aprender. “Mantenha uma empresa inteligente. Lembre-se de que o seu QI é a média das cinco pessoas mais próximas com as quais você sai”, afirma Saurabh Shah, gerente de contas do Symphony Teleca. “Cerque-se de pessoas mais inteligentes e seja sempre humilde, disposto a aprender”, orienta o desenvolvedor Manas J. Saloi.
6. Leia muito
Leitura é, definitivamente, essencial. As opiniões variam sobre qual é o material mais indicado para o desenvolvimento da inteligência, se é a leitura diária de assuntos leves ou mais teóricos. Um ponto é fato entre os especialistas e todos concordam: a quantidade é muito importante. Portanto, leia muito.
7. Ensine aos outros
“Se você não consegue explicar de forma simples, você não entende bem o suficiente”, disse Albert Einstein. E a pesquisa concorda que ensinar é uma excelente maneira de memorizar. Certifique-se de que você realmente aprendeu e que a informação está em sua memória tentando ensinar aos outros. Se conseguir, é porque, de fato, aprendeu mesmo.
8. Experimente coisas novas
Você nunca sabe o que vai ser útil antes do tempo. Só precisa experimentar coisas novas e esperar para ver como elas se conectam com o resto de suas experiências mais tarde. Shane Parrish, do blog Farnam Street, conta a história de aula de caligrafia de Steve Jobs. Segundo ele, depois de abandonar a escola, o futuro fundador da Apple, tinha tempo livre e decidiu fazer um curso de caligrafia, o que parecia irrelevante no momento. Mas as habilidades de design que Jobs aprendeu foram mais tarde usadas ​​na criação dos primeiros Macs. “Para ter pontos a serem conectados, você precisa estar disposto a tentar coisas novas, mesmo que elas não pareçam imediatamente úteis ou produtivas”, diz Parrish.
9. Aprenda um novo idioma Você não precisa se tornar rapidamente fluente ou morar em um país estrangeiro para dominar o idioma de sua escolha. É possível fazer isso da sua mesa, através de cursos on-lines, e ainda colher os frutos mentais. “Aprenda uma nova língua. Há um monte de sites gratuitos para isso”, diz Saloi.
10. Tire um tempo ocioso
Ter um tempo livre para pensar e ficar em silêncio é uma estimulação mental, além de ajudar na memória. Pode ser sentada, correndo, enfim, o importante é ter um momento seu para digerir tudo o que tem absorvido.


Fonte: O Globo