terça-feira, 11 de março de 2014

O SALMO DO BOM CAMINHO...



“Bem-aventurado o homem em cujo coração estão os caminhos aplanados, o qual, passando pelo vale de lágrimas, faz dele um manancial”— Salmo 84 Feliz é o homem que simplificou seu ser, e que deu razão a Deus, contentando-se com a semente que ele próprio é em Deus. Feliz é o homem que preferiu a verdade à dissimulação sem seu próprio coração. Feliz é o homem que entre um caminho sinuoso e um reto, prefere andar na simplicidade daquilo que é claro e que tem em si bom senso. Feliz é o homem que não teme olhar para dentro de si mesmo, e de se impor o trabalho de fazer plano o ser, de tal modo que seu caminho interior não seja feito de sustos, buracos e quedas súbitas. Feliz é o homem que sabe que os caminhos desta vida, todos eles, começam no coração, no homem interior; e que é de dentro do coração plano que as boas vias se estendem para fora, para o mundo. Feliz é homem que descobre que todas as suas soluções exteriores estão dentro dele mesmo, posto que é de dentro que procedem as soluções que arrumam os nossos caminhos exteriores. Feliz é o homem que passa pelo vale de lágrimas com a alma andando em planura interior, pois, por esse seu caminhar, ele transformará o vale árido num lugar de vida; posto que é a alma quem semeia o chão sobre o qual andam os nossos pés. Feliz é o homem que anda na simplicidade da clareza de sua consciência, de seu coração, pois, para ele, todas as coisas cooperarão, até mesmo no vale das lágrimas, visto que dele procederá a freqüência de alma que se harmonizará com tudo o que é bom. Assim, o chão seco, se torna fértil; o céu mesquinho se abre em chuva; e o que era vale de lágrima se torna manancial de vida. Assim é feliz todo aquele que constrói um caminho plano em seu próprio coração. 
Nele, Caio

A mulher na corda bamba da História


Por Hermes C. Fernandes


Um dos maiores sucessos do grupo Roupa Nova revela o estigma carregado pela mulher ao longo da história:

É a moça da cantiga
A mulher da Criação
Umas vezes nossa amiga
Outras nossa perdição

O poder que nos levanta
A força que nos faz cair
Qual de nós ainda não sabe
Que isso tudo te faz...
Dona...

A mulher convive com este estigma desde sempre. Ora heroína, ora vilã. Ora mãe e amante, ora responsável por todos os males. Ora "mãe de todos os viventes", ora aquela que nos induz ao erro. Quando somos bem-sucedidos, a classificamos como nossa coadjuvante, aquela "grande mulher que vive à sombra, atrás de todo grande homem". Mas quando fracassamos, damos sempre um jeito de acusá-la de ser a protagonista da conspiração que nos derrubou. É assim desde Adão. - Foi a mulher que Tu me deste, Senhor!

A dor do
 parto não foi a única que aumentou desde então. Aumentou também a dor da rejeição, da violência doméstica, do preconceito, da cobrança.

O fato inegável 
é que elas são as verdadeiras protagonistas de nossa história. É por elas que vivemos e morremos. Foi uma delas que convenceu o homem mais poderoso da galiléia a lavar as mãos, em vez de posicionar-se contra aquele santo homem que era julgado. Bastou um riso de uma delas para que o descendente do patriarca recebesse o nome de Isaque. 

Foi uma 
delas que tirou do sério o rei que era segundo o coração de Deus. Diante de outra delas o mais forte dentre os homens sucumbiu, acalentado por seus carinhos e apelos. 

Deus não
 precisou do sêmen de um homem para trazer Seu Filho ao Mundo, mas fez questão do óvulo de uma mulher. Jesus foi chamado "Filho do Homem", mas muito antes foi chamado de "Descendente da Mulher". 

Ninguém
 a valorizou tanto quanto Ele. A maioria absoluta de seus milagres foi pra atender ao clamor delas. Foi graças ao clamor de uma, que Ele transformou água em vinho, Seu primeiro milagre. Graças ao clamor de duas delas que Ele ressuscitou a Lázaro, Seu último milagre antes de enfrentar a Cruz. Foi a choro de algumas delas que chamou Sua atenção a ponto de fazê-lO parar enquanto carregava a Cruz. Foi a uma delas que Ele primeiro apareceu após ressuscitar. Foi ela também a primeira a ser enviada para anunciar aos demais que Ele estava vivo. 

Foi o gênero 
feminino o escolhido para representar a comunidade de todos os remidos. Por isso, a igreja é a esposa de Cristo, a mulher que aparece no Apocalipse, vestida de sol, com uma coroa de estrelas e a lua aos seus pés. Nenhuma outra visão teria expressado tão bem o valor que Deus atribui à mulher.

Parafraseando
 Erasmo Carlos, "dizem que mulher é o sexo frágil... que mentira absurda!" Frágeis éramos todos nós quando fomos aconchegados no ventre-refúgio de uma mulher.

A todas
 as mulheres, meu sincero desejo de um Feliz Dia Internacional da Mulher.