terça-feira, 29 de outubro de 2013

Estrelas cadentes - Um Poema


Disseram que hoje haveria
chuva de estrelas cadentes
Noite assim jamais ousaria
manter meus olhos ausentes

Mas justamente esta noite
o céu estava nublado.
Foi como levar um açoite
por ter ficado acordado

Ainda que o show aconteça
Meus olhos não o verão
Acima da nuvem espessa
bem distante do meu chão

Ouvi que certo cometa
de cauda esplendorosa
se aproxima do nosso planeta
nos deixando em polvorosa

Brilhará mais do que a lua
Quando cheia em sua glória
Desfilando pela noite nua
em sua órbita aleatória

Mas de quê me valerá?
Só será visto em outros céus
Que diferença me fará
Seja entre heróis ou entre réus?

Terei que me conformar
e assistir pela TV
Ou um site acessar
caso insista em não perder

A sensação não é a mesma
pela tela fria de plasma
 Pois sou gente, não lesma
Carne e osso, não fantasma

O coração não dispara
A respiração não ofega
Nem é coisa tão rara
à que a alma se apega

Não posso ser injusto
pois poucas vezes vi
Como que num susto
do céu algo estranho cair

Qual foi minha surpresa
Quando sem qualquer aviso
Uma bola de fogo acesa
Rasgou-me o céu e o riso

Mas só mesmo eu vi
Não foi notícia nos jornais
E com quem eu reparti
duvidou, nem conto mais

Triste é a expectativa
Que não é correspondida
Parece não ser nociva
Mata aos poucos, reprimida

Não quero buscar noutros céus
Ter que deixar o meu chão
Prefiro enxergar entre os véus
Dar asas à imaginação

Por isso, prossigo a esperar
Pela noite ou pelo dia
Em que o céu limpo estará
e eu entregue à poesia

Autor: Hermes C. Fernandes em 26/10/2013
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Desde muito cedo na vida, conforme vários livros meus documentam, passei a ver a dependência que os chamados “principados e potestades” espirituais têm em relação à produção humana.
Aqui mesmo no site há inúmeras afirmações, sejam soltas ou em textos inteiros, que afirmam esta minha convicção.
Entretanto, especialmente no livro “Batalha Espiritual” [falado num dos Congressos da Vinde na década de 90 e transcrito e publicado a seguir] o tema aparece de modo consistente e relacionado ao estudo dos casos de Gideão e do Gadareno.
Ora, tal percepção é simples de ser verificada quando se pergunta:
Por que anjos e demônios aparecem na Bíblia quase que 100% das vezes em formas humanas e condicionadas aos modos e à cultura dos humanos?
Sim! São anjos que comem e bebem; que conversam como gente; e que são, algumas vezes, confundidos totalmente com humanos.
São anjos de cajado, vestidos conforme a época, e que sentam sob árvores ou tendas e aceitam convites para churrascos.
Além disso, eles também podem até mesmo ser objeto de desejo sexual por parte de humanos, como foi o caso em Sodoma e Gomorra. Isto sem falar que, não havendo preconceito, não se tem como negar que em Gênesis seis eles, “os filhos de Deus”, são apresentados como tomados de desejos por mulheres belas, com as quais procriam, dando assim ensejo ao juízo que veio como Dilúvio.
A pergunta de Josué “ao Anjo do Senhor” — “És tu dos nossos ou dos nossos adversários?” — bem revela tal aparência humana.
De fato, mais do que nunca, já é no tempo do Exílio dos Judeus em Babilônia que os anjos e seus similares caídos passaram a ganhar contornos fisionômicos de outra natureza nos relatos bíblicos, como, especialmente, no caso do profeta Ezequiel e seus avistamentos de seres que pareciam se fazer acompanhar de aparatos estranhos que os seguiam.
No N.T. os anjos aparecem de muitas formas, evidenciando uma sofisticação nunca antes percebida, exceto nas profecias de Ezequiel.
Entre as histórias da ressurreição de Jesus se narra acerca de anjos com formatos de relâmpagos.   
Paulo alude aos principados e potestades como tendo a capacidade de virar qualquer coisa, de anjos de luz a ministros de justiça.
No Apocalipse de João eles têm formas distintas, indo de seres que são redondos e cheios de olhos para dentro e para fora, até aos “anjos normais”, aparentemente com forma humana.
À semelhança de Daniel, quando anjos ou “príncipes” têm papel especifico em relação às nações, João, no Apocalipse, os faz também terem papeis relacionados aos mares, às fontes das águas, ao fogo, aos ventos, e à vegetação do planeta.
Quando Jesus expeliu os demônios do Gadareno, um dos pedidos deles ao Senhor foi “não nos mandes para fora do país”. E mais: se serviam de todos os elementos culturais e políticos relacionados ao que acontecia em Decápolis naqueles dias, conforme tenho mostrado em diversos lugares e ocasiões.
Entretanto, assim que conheci minha mulher, conversando com ela sobre esses aspectos e muitos outros, ouvi dela uma simplificação perfeita, a qual tem me ajudado na pedagogia de explicação do fenômeno a pessoas menos perceptivas. Ela disse: “Sim! Eles ficaram presos à necessidade de terem de comer o pó da terra”.
Ou seja: ela dizia a mesma coisa que antes eu expandia com muitas imagens sofisticadas e diversas, trazendo tudo para uma imagem simples: os anjos ou os principados e potestades estão limitados pela Graça de Deus a manifestarem-se conforme a produção do andar humano na Terra.
Ora, presentemente é fácil observar isto em todas as áreas da existência e da experiência humana.
Entretanto, há uma área na qual tal realidade se me apresenta cada vez mais obvia: nas aparições dos UFUS ou ÓVNIS.
Para mim tais fenômenos na maioria das vezes são de natureza espiritual e manifestam-se conforme aquilo que os humanos conseguem realizar como invenção de aparatos ou mesmo como concepção ficcional.
Na antiguidade, conforme casos que nos vêm de praticamente todas as culturas da Terra, eles se manifestavam conforme os humanos imaginavam os mistérios dos céus.
São os macacos, aves e animais diversos de Nazca no Peru. São os estranhos objetos da Pérsia antiga, conforme sua influencia em Daniel e Ezequiel. Etc.
No entanto, foi da I Grande Guerra para cá que “eles” passaram a se mostrar de modo cada vez mais “aparatoso”, conforme as invenções tecnológicas dos humanos.
E mais: eles também se manifestam de acordo com o elemento das ficções humanas relacionadas ao modo como eles devem ser.
Assisti a mais um dos “Arquivos Extraterrestres” [“O Roswell da Inglaterra”, e, em tal documentário se mostrava algo de natureza poderosa; ou seja: aparições de tais coisas numa base da OTAN na Inglaterra, e, além de tudo, para homens treinados a lidar com tudo, os quais tiveram toda sorte de experiências detectáveis e tangíveis com um aparato para além de tudo o que os humanos poderiam produzir.
O interessante é que para cada grupo tais coisas se manifestam conforme a compreensão ou o grau de sofisticação dos envolvidos, o que prova a tese de que eles se “limitam” às percepções dos humanos e seu acervo cultural ou tecnológico, conforme a geração ou o grau de percepção de cada geração, ou, ainda, conforme os casos específicos dos “avistadores”.
Entre homens da OTAN eles eram luzes densas e chocantes, e manifestavam interesse em “sugar” material atômico das instalações nas quais se manifestaram, porém, sem seres “humanóides” sendo vistos. Entretanto, entre os fanáticos de OVNIS, em geral esotéricos, eles sempre se mostram como “seres”, e não apenas como objetos.
Os milhares de avistamentos feitos por pilotos de aviões também obedecem a coerência da expectativa dos avistadores: surgem como aparatos chocantemente superiores a qualquer poder tecnológico dos humanos, porém, vestidos de maquinas e de aparatos.
O mesmo se pode dizer de comandantes de navios e suas tripulações, os quais têm avistado objetos saindo de dentro das águas profundas dos mares.
Cada vez mais tais fenômenos são para mim “assombrações” de natureza macro, em contrapartida às “assombrações” em casas e ambientes pequenos.
Ou seja: são principados e potestades misturados às produções psíquicas e espirituais dos humanos!
Assim, são manifestações espirituais e condicionadas ao tempo e a geração de cada momento dos humanos.
Com isto nem de longe nego a possibilidade de que o Mesmo que criou vida na Terra possa tê-la criado onde bem tenha entendido ou entender. No entanto, apenas em minha opinião, a maioria absoluta dos casos são manifestações de principados e potestades assombrando os homens.
Paulo incluiu tudo isto numa única afirmação, quando disse que nem dimensões e nem mesmo “qualquer outra criatura” poderiam “nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus”.
E mais: quando Paulo disse que mesmo que tais fenômenos o visitassem, ainda assim ele não se abalaria, afirmava que tais coisas podem ser vistas por quem crê em Jesus, não devendo, todavia, causar no coração do discípulo qualquer medo ou frisson.
Eu creio como percepção própria que tais fenômenos são espirituais na maioria dos casos, e, em cada um deles consigo ver um padrão que os relaciona à limitação imposta por Deus à Serpente quando da Queda.
A questão é que “o pó da Terra” está ficando cada vez mais sofisticado; e mais: caminha tanto na prática quanto ficcionalmente para se manifestar conforme a própria expectativa dos humanos nesta geração, assim como aconteceu no passado.
Ora, tudo o que aqui digo tem apenas a finalidade de compartilhar com você a minha opinião neste particular.
Pense nisto!

Caio

Ed René Kivitz - Dez