quarta-feira, 23 de julho de 2014

Oração, ação, cidadania e o sonho de todos nós


Por Hermes C. Fernandes


EU TENHO UM SONHO... 

Sonho com o dia em que a igreja cristã deixará as quatro paredes e sairá às ruas clamando por justiça e paz. 

Sonho ver a liderança cristã despreocupada com os holofotes, descendo dos seus púlpitos, gastando a sola de seus sapatos juntamente com o seu povo. 

Sonho com uma igreja verdadeiramente profética, que denuncia a injustiça enquanto anuncia a boa nova do reino de Deus. Uma igreja movida por compaixão e não por interesses políticos. 

Sonho com uma igreja cujo discurso seja menos moralista e muito mais ético, engajado nas transformações sociais, que não coe mosquitos, enquanto se engasga com dromedários. 

Um gigante já acordou (BRASIL). Pena que o outro parece está acordado, mas está sonâmbulo (IGREJA).

Desperta, povo de Deus. Não é hora de demonstração de força, e sim de manifestação do amor que foi derramado em nossos corações. 

Saiamos ao encontro do Deus que se esconde no clamor do pobre, do injustiça, do discriminado e do excluído.

Orar é importante? Sem dúvida. É orando que exercemos nossa cidadania celestial. Mas a equação só está completa quando acrescentamos ação à oração. Agindo exercemos nossa cidadania terrena. Lembremo-nos que a vontade de Deus deve ser feita assim na terra como no céu.

Vozes que ecoam no céu devem reverberar nas avenidas da cidade. Joelhos que se dobram ante a soberania de Deus não podem vacilar ante às injustiças dos homens. Mãos que se estendem a Deus em louvor devem ser igualmente estendidas ao próximo em amor.