sábado, 30 de novembro de 2013

Motor diamétrico engana Terceira Lei de Newton e trapaceia Mecânica Quântica

Os pulsos de luz adquirem massa efetiva - quando um deles tem massa efetiva negativa, eles vão na mesma direção quando se chocam. 

[Imagem: New Scientist]
 
Isaac Newton acaba de ser trapaceado e a mecânica quântica ignorada.
Pulsos de laser girando em circuitos de fibra óptica aceleram a si mesmos, parecendo quebrar a lei da física de que toda ação deve ter uma reação igual e oposta.
Isso cria na prática um tipo de "motor" em que duas partículas se chocam e, ao invés de se afastarem, vão na mesma direção, produzindo uma aceleração "eterna".
Apesar de se basear em um truque - a luz age como se tivesse massa - o experimento poderá ter efeitos muito práticos, como telecomunicações mais confiáveis e circuitos eletrônicos mais rápidos.
Motor diamétrico
De acordo com a terceira lei de Newton sobre o movimento, quando uma bola de bilhar bate em outra, ambas se movimentam para longe uma da outra.
Mas se uma das bolas de bilhar tivesse uma massa negativa, quando as duas bolas colidissem, elas iriam acelerar na mesma direção.
Este efeito poderia ser útil em um motor diametral, ou motor diamétrico, um mecanismo especulativo no qual a massa negativa e a positiva interagiriam para acelerar para sempre.
A NASA pesquisou o uso desse efeito na década de 1990, em uma tentativa de criar um novo sistema de propulsão para naves espaciais.
Mas havia um grande problema: a mecânica quântica estabelece que a matéria não pode ter massa negativa. Mesmo a antimatéria, que consiste em partículas com cargas e spins opostos aos de seus homólogos materiais normais, tem massa positiva.
Nas equações da teoria quântica de campos, todos os termos envolvem quadrados da massa, de modo que qualquer massa negativa se torna positiva de qualquer maneira.
Massa efetiva
Agora, Martin Wimmer e seus colegas da Universidade de Erlangen-Nuremberg, na Alemanha, eliminaram esse empecilho e construíram um motor diamétrico usando uma "massa efetiva".
Quando um material diminui a velocidade de um pulso de luz que o atravessa, proporcionalmente à sua energia, esse pulso se comporta como se tivesse massa - essa é a chamada massa efetiva.
Dependendo da forma das ondas de luz e da estrutura do cristal que elas atravessam, os pulsos de luz podem ter uma massa efetiva negativa.
Mas fazer com que tal pulso interaja com outro pulso com uma massa efetiva positiva exige um cristal tão longo que ele iria absorver a luz antes que os dois pulsos pudessem mostrar o efeito diamétrico.


Ainda que não resulte em motores espaciais com aceleração eterna, o truque pode ter efeitos práticos reais. [Imagem: Martin Wimmer et al./Nature Physics]
Para contornar mais esse problema, Wimmer juntou dois círculos de fibra óptica, criando um caminho infinito para pulsos de laser. Os pulsos se dividem entre os loops em um ponto de contato, e a luz continua se movendo em torno de cada volta na mesma direção.
A chave para isso é que um loop é ligeiramente mais longo do que o outro, de forma que a luz que circula por ele fica retardada em relação à luz que circula no outro.
Quando esse pulso retardado volta ao ponto de contato e se divide, ele compartilha alguns de seus fótons com o pulso no outro loop. Depois de algumas voltas, os dois pulsos desenvolvem um padrão de interferência que lhes dá massa efetiva.
A equipe criou pulsos com massa efetiva positiva e negativa, demonstrando na prática um motor diamétrico, ou diametral, passando uma rasteira em Newton e na mecânica quântica de uma vez só.
Os pesquisadores fazem questão de ressaltar que "nenhuma lei foi quebrada", embora os efeitos façam parecer assim.
Aceleração dos elétrons
Ainda que isto não resulte em motores espaciais com aceleração eterna, o truque pode ter efeitos práticos reais.
Os elétrons circulando nos semicondutores também podem ter massa efetiva, de modo que os loops podem ser usados para fazê-los acelerar, aumentando a velocidade de processamento dos computadores.
  • Por que a velocidade do silício não é mais suficiente
E, em algumas fibras ópticas, a velocidade de um pulso de luz é equivalente ao seu comprimento de onda, o que significa que os loops podem ser usados para controlar a cor de saída de uma fibra - seu comprimento de onda.
A técnica também poderá aumentar a largura de banda das comunicações ópticas ou até mesmo ajudar a criar telas a laser, segundo os pesquisadores.
Tudo isso, é claro, em teoria, já que não será fácil adaptar as laçadas de fibras ópticas para fins práticos.
Fonte: Frank William (diHTT)

Ed Rene Kivitz - Que país é isso? Que país é esse?

Ed René Kivitz - Nome

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

JESUS NUNCA NÃO AMOU!


Amou os amáveis, os amigos, os discípulos, os pais e irmãos, e todo o povo carente.

Amou as pessoas das Forças de Ocupação Romana, amou autoridades boas, como o Centurião, como o oficial do rei, e como o bom chefe da sinagoga de Cafarnaum, Jairo.

Amou coletores de impostos, meretrizes, pecadores, religiosos sinceros, insinceros, lobos, mercenários, e todos os Herodes, Anás, Caifás, e cia..., bem como amou os religiosos aos quais confrontou; sim, até mesmo aos que chamou de “filhos do diabo”.

Jesus nunca não amou. Sim, até quando disse “não podes vir”... ou quando disse “quem olha pra trás não é digno do reino”... ou ainda quando disse a alguém que para segui-Lo não daria para esperar a morte do pai: “... deixa aos mortos sepultarem os seus mortos”.

Jesus nunca não amou. Mas amar para Ele não era namoro e nem romance; era  verdade, compaixão e sinceridade sábia na expressão do amor!

Jesus nunca não amou. Nem quando fez um azorrague e a todos os negociantes do Templo expulsou!

Jesus nunca não amou. Nem quando Judas o traiu. Sim, amou antes, durante e depois...

Jesus nunca não amou. Nem quando era o Cordeiro de tudo o que ainda não era... Posto que antes de haver [...] Ele já se dera em amor por tudo o que seria!

Jesus nunca não amou e nunca não amará. Nem quando o mundo conhecer a Ira do Cordeiro. Sim, alguém pensa que a Ira de Deus é ódio? A Ira de Deus é amor em estado de fogo purificador.

Jesus nunca não me amou. Nem nos piores ou mais escuros dos dias e horas de agonia. Ele sempre está comigo. Ele nunca não me amará.

Ah, como amo a santidade livre desse amor incomunicável de Deus, e que transcende a tudo o que compreendemos como amor.

Nele,

Caio

Ed René Kivitz - Videira

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

PROCRASTINAÇÃO, O QUE É?


Procrastinar é muitas coisas, algumas conectadas a outras, e, em algumas pessoas, coisas apenas tópicas. Mas em todo procrastinador, não importando as causas psicológicas da procrastinação, o resultado é o mesmo: o atraso, o stress e a aflição; se não a aflição do próprio apenas [...], mas, com certeza, a dos que o observam ou o esperam...

Para pessoas diferentes a procrastinação pode ter razões diversas, mas o resultado não muda; conforme já disse.

Assim, com todas as ressalvas relativas à personalidade de cada procrastinador, procrastinação é...

[...] adiar até não dar mais; deixar cronicamente pra depois da hora; sempre fazer no stress e no atraso; viciar-se contra o tempo...; odiar que o tempo passe e lutar contra ele —; é também desordem mental seletiva; é preguiça organizacional também seletiva; é uma indisposição contra a ordem simples de que duas coisas não podem ocupar o mesmo lugar/tempo no tempo/espaço; é privilegiar a gratificação contra a obrigação; é julgar que tudo e todos possam esperar só um pouco...; é confusão de valores quanto ao que seja objetivamente prioritário; é preguiça seletiva; é medo do fazer; é vício de angustia operacional; é necessidade de criar para si uma hiper-ocupação pela via do atraso; é um rito psicológico; é um orgulhoso modo de ser e não mudar; é caso de importâncias minimalistas e que não possuem macro importâncias; é um agir sempre em detrimento de outra coisa pré-definida; é uma calma inconscientemente mórbida; é um inconsciente processo de esquecimento do tempo; é descaso com a hora, como rebeldia; é um ato de enfrentamento da autoridade e do instituído; é um direito egoísta de ser indo...; é um olhar difuso e inobjetivo; é o privilegiar das minucias e que nunca enxerga os cenários maiores; ou, quando se associa a preguiça, o que nem sempre é o caso, é como ter um leão na Rua dos Deveres e dos Compromissos!

Como disse [...], a procrastinação não é a mesma coisa para cada pessoa, mas, em cada caso de procrastinação, você encontrará alguns dos aspectos acima listados, ou até alguns deles em combinação.

Em geral o procrastinador é um ser que se viciou mentalmente no descaso com o tempo; e que sempre acha que o tempo/cronos tem que ser seu servo.

Outro dia escrevi que o homem tem que ser senhor do tempo, mas com isto não me referia a ser indiferente com o Cronos da existência, mas apenas em relação ao que nos seja imposto como obrigações das vaidades mundanas de cumprir os tempos como etapas existenciais sem as quais se creia que se está perdendo tempo/qualidade/existencial.

Todavia, no que tange ao Cronos da existência, eu, que vivo entre humanos e não numa ilha deserta, que tenho responsabilidades e obrigações, tenho que me fazer senhor do tempo pela ordem, pelas prioridades e pela organização. Sim, pois, paradoxalmente, do contrário, me torno escravo do tempo pelo descaso da procrastinação. E não apenas me torno escravo do tempo, mas escravizo outros à minha não reverencia para com o passar do tempo em cada dia.

Ora, cada dia já tem o seu próprio mal; mas para aquele que procrastina cada dia pode inventar muitos males que não existem; e isso apenas porque o descaso com o tempo cria o diabo das acumulações.

Um procrastinador é um acumulador de tarefas; ou é um desperdiçador de oportunidades kairóticas de tempo [tempo/oportunidade]; ou é um esbanjador relapso de vida e existência; sendo, por isto, também um desperdiçador de dons e de possibilidades de ser para si e para os outros.

Na existência do procrastinador cabe muito do que não precisa e pouco do que é importante, dia após dias.

A procrastinação também tem um poder corrosivo nas relações, especialmente para os que a assistem impotentes; posto que cansem e se exasperem; ou, em alguns casos, tornem-se co-dependentes do vício do outro; ou, ainda, aflitamente carentes de reorganizarem suas vidas em função de tal disfunção sócio/atemporal daquele com quem convive.

Não é preciso dizer que no ambiente de trabalho o procrastinador fica logo desempregado; embora alguns não sejam logo percebidos, especialmente no serviço público, quando, então, não podendo perder o emprego, passam a não ser utilizados ou demandados, a fim de que os demais não morram de irritação.

O maior ambiente de expressão do procrastinador é a família nuclear, vindo a seguir a família extensiva e os amigos.

A sorte do procrastinador familiar é quando a cultura da procrastinação é uma marca de todos; e, por vezes, até por gerações.

Mas já assisti romances acabarem por causa da procrastinação; ou casamentos também; como já ouvi cônjuges me dizerem que por vezes desejavam terminar o casamento em razão de que o outro não se curava jamais de tal vício de atemporalidade funcional e objetiva.

Procrastinação é uma amputação mental de funcionalidades; e, por isto, é coisa muito séria!

Ora, nem todo procrastinador é egoísta, mas o ato ou as ações de procrastinação são sempre implicam no egoísmo prático em sociedade; posto que se trate, ainda que inconscientemente, o tempo dos outros como inexistente.

Procrastinar, portanto, é perder a reverencia para com o tempo; o que é uma falta de consideração grande para com o próximo, para consigo mesmo, e, também, para com as dádivas de ser que acontecem entre o acordar e o adormecer.

A cura para a procrastinação vem de reconhecê-la sem auto-justificação; e, a seguir, enfrentá-la; deixando toda autogratificação para o ultimo lugar; ou, no caso dos mentalmente baratinados, fazendo uma agenda do dia, com hora para tudo; e, sobretudo, perguntando a quem nos ama: “O que é mais importante? O que é prioridade? O que deve vir primeiro?”

Sim, pois muitos procrastinadores não têm qualquer noção objetiva de importância e de prioridade objetiva; ainda que, muitas vezes, tenham grande noção de significados subjetivos.

Teria muito a dizer, mas esses são alguns conselhos básicos aos procrastinadores que não são seres preguiçosos, mas apenas mentalmente atemporais, confusos, inobjetivos, ou viciados na escravidão da pseudoliberdade de que o tempo existe para servir-lhes como cronos.


Pense nisto!


Caio

A origem do Dia de Ação de Graça



Nesta quinta-feira se comemora o maior feriado americano: O Dia de Ação de Graça (Thanksgiving Day). Considerado mais importante até do que o 4 de Julho (Independence Day) e o Natal, quando o País inteiro pára para agradecer a Deus.

Os primeiros Dias de Ação de Graça eram festivais de gratidão a Deus pelas boas colheitas anuais. Por esta razão, o Dia de Ação de Graça é festejado no outono, após a colheita ter sido recolhida.

O primeiro deles foi celebrado em 1621 em Plymouth, Massachusetts, pelos colonos cristãos, fundadores da vila. Após péssimas colheitas e um inverno rigoroso, os colonos tiveram uma boa colheita de milho no verão de 1621. Por ordem do governador, uma festividade foi marcada no início do outono de 1621 em comemoração ao sucesso da última colheita, em comparação às anteriores. Os homens de Plymouth mataram patos e perus. Outras comidas que fizeram parte do cardápio foram peixes e milho. Cerca de 90 índios atenderam ao convite dos colonos e participaram da festividade. Todos comiam ao ar livre, em grandes mesas.

Porém, por muitos anos, o Dia de Ação de Graça não foi instituído como feriado nacional, sendo observado como tal em apenas certos Estados americanos como Nova York, Massachusetts e Virgínia. Em 1863, o então presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln, declarou que a quarta e quinta-feira da terceira semana do mês de novembro seria o dia nacional de Ação de Graça.

Mas em 1939, o presidente Franklin Delano Roosevelt instituiu que esse dia seria celebrado na terceira semana de novembro, com o intuito de ajudar o comércio, aumentando o tempo disponível para propagandas e compras antes do Natal (À época, era considerado inapropriado fazer propagandas de produtos à venda antes do Dia de Ação de Graça). Como a declaração de Roosevelt não era mandatória, 23 Estados adotaram a medida instituída por Roosevelt, e 22 não o fizeram, com o restante tomando ambas a quinta-feira da terceira e da quarta semana de novembro como Dia de Ação de Graça. O Congresso americano, para resolver este impasse, instituiu então que o Dia de Ação de Graça seria comemorado definitivamente na quinta-feira da quarta semana de novembro, e que seria um feriado nacional.

O Dia de Ação de Graça no Brasil

No Brasil, o presidente Gaspar Dutra instituiu o Dia Nacional de Ação de Graça, através da lei 781, de 17 de agosto de 1949, por sugestão do embaixador Joaquim Nabuco, entusiasmado com as comemorações que vira em 1909, na Catedral de São Patrício, quando embaixador em Washington. Em 1966, a lei 5110 estabeleceu que a comemoração de Ação de Graça se daria na quarta quinta-feira de novembro. Esta data é comemorada por muitas famílias de origem americana, igrejas cristãs, universidades confessionais metodistas e cursos de inglês.

Interessante notar que enquanto o Halloween (Conhecido como Festa das Bruxas) está cada vez mais popular no Brasil, o Dia de Ação de Graça não conseguiu emplacar.

Seria interessante se as igrejas cristãs estimulassem seus fiéis a celebrarem, aproveitando a data já estabelecida.

Assim como no Natal, há uma atmosfera diferente envolvendo esse feriado. Os familiares se deslocam de onde estiverem para poderem se reunir. Pais e filhos gastam mais tempo juntos. E o mais importante: relembram a misericórdia de Deus que lhes pôs pão em suas mesas durante todo o ano.

É claro que muitos enxergam esse feriado apenas como mais um estímulo às vendas no comércio, assim como o Natal. Apesar disso, continua valendo a pena relembrar dos cuidados que Deus tem dispensado aos homens.

Inspirado no primeiro Dia de Ação de Graça, em que os colonos convidaram os índios para tomarem parte na festividade, gostaria de sugerir que as igrejas convidassem os diferentes, pessoas de outros credos, principalmente os mais necessitados, para tomarem parte em seu banquete de gratidão.

E que os americanos aproveitassem a ocasião para refletir no quanto sua sociedade tem desperdiçado, e considerassem estender as mãos aos povos mais pobres do mundo, compartilhando-lhes seu pão.

Ed René Kivitz - Direito

Dança - Mil Braços

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Papa propõe uma revolução de ternura


Em severa crítica à Igreja, papa apresenta maior reforma do Vaticano em meio século


Exortação Apostólica "Evangelii Gaudium" apresentada hoje é o primeiro documento do novo papa e traça o caminho para a Santa Sé nos próximos anos. Documento propõe "nova etapa de evangelização" e "conversão" da Igreja


Cidade do Vaticano – Jorge Bergoglio lança um projeto de “conversão do papado”, propõe a “descentralização” da Igreja e apresenta o plano da maior reforma feita no Vaticano em pelo menos meio século. No primeiro documento de seu próprio punho apresentado hoje, o papa Francisco explica em mais de 200 páginas seu projeto para o futuro da Igreja, lançando duros ataques contra sacerdotes e denunciando a guerra pelo poder dentro dos muros da Santa Sé.

“Desejo dirigir-me aos fiéis cristãos para convidá-los a uma nova etapa de evangelização marcada por esta alegria e indica direções para o caminho da Igreja nos próximos anos”, escreveu em sua Exortação Apostólica publicada hoje, o Evangelii Gaudium do Santo Padre Francisco aos Bispos, Presbíteros, Diáconos às pessoas consagradas e aos fiéis laicos sobre o Anúncio do Evangelho no Mundo Atual. “É uma nova evangelização no mundo de hoje, insistindo nos aspectos positivos e otimismo”, explicou o cardeal Rino Fisichella, presidente do Conselho Pontifical para a Nova Evangelização e que admite que o papa é “franco”. “O centro é o amor”, insistiu. “Sem isso, a Igreja é um castelo de cartas  e isso é o nosso maior perigo”, declarou.

Em seu texto, Francisco apela à Igreja a “recuperar a frescor original do Evangelho”, mas encontrando “novas formas” e “métodos criativos”. “Precisamos de uma conversão pastoral e missionária, que não pode deixar as coisas como elas são."

Uma parte central de seu trabalho será o de “reformar as estruturas eclesiais” para que “todas se tornem mais missionárias”.

O recado é claro: promover uma “saudável descentralização” na Igreja, num gesto inédito vindo justamente da pessoa que representou por séculos a centralização da instituição e sempre lutou contra repartir poderes. A esperança é de que as conferencias episcopais possam contribuir para “o sentido de colegialidade”.

A descentralização apontaria até mesmo para a abertura de espaços para diferentes formas de praticar o catolicismo. “O cristianismo não dispõe de um único modelo cultural e o rosto da Igreja é multiforme”, escreveu. “Não podemos esperar que todos os povos, para expressar a fé cristã, tenham de imitar as modalidades adotadas pelos povos europeus num determinado momento da história”. Para o papa, teólogos precisam ter em mente “a finalidade evangelizadora da Igreja”.

Nem o próprio papa estaria isento da reforma. Sua meta é a de promover uma “conversão do papado para que seja mais fiel ao significado que Jesus Cristo lhe quis dar e às necessidades atuais da evangelização”.
A burocracia e a aristocracia da Santa Sé também precisa ser revista. “Nesta renovação não se deve ter medo de rever costumes da Igreja não diretamente ligados ao núcleo do Evangelho, alguns dos mais profundamente enraizados ao longo da história”.

Bergoglio insiste que prefere “uma igreja ferida e suja por ter saído às estradas, em vez de uma igreja preocupada em ser o centro e que acaba prisioneiras num emaranhado de obsessões e procedimentos”.

Abertura – Um dos pontos centrais é ainda a abertura da Igreja aos fiéis. “Precisamos de igrejas com as portas abertas” para evitar que aqueles que estão em busca de Deus encontrem “a frieza de uma porta fechada”. “Nem mesmo as portas dos Sacramentos se deveriam fechar por qualquer motivo”, escreveu.
A escolha dos fiéis que deveriam comungar também é atacado pelo papa. “A Eucaristia não é um prêmio para os perfeitos, mas um generoso remédio e um alimento para os fracos”, alertou.

Poder – O documento ainda lança severas críticas a padres e sacerdotes. O papa pede que se evite as “tentações” do individualismo e alerta que “a maior ameaça é o pragmatismo incolor da vida cotidiana da Igreja, quando na realidade a fé se vai desgastando”.

Pedindo uma “revolução de ternura”, o papa critica “aqueles (religiosos) que se sentem superior aos outros” e que apenas fazer obras de caridade não seria o suficiente. O papa também ataca os sacerdotes que “em vez de evangelizar, classificam os outros”, adotando um “certo estilo católico próprio do passado”.

Bergoglio também ataca os religiosos que tem “um cuidado ostensivo da liturgia, da doutrina e do prestígio da Igreja, mas sem que se preocupem com a inserção real do Evangelho” às necessidades das populações. “Esta é uma tremenda corrupção com a aparência de bem. Deus nos livre de uma igreja mundana sob cortinas espirituais ou pastorais."

As batalhas por poder dentro do Vaticano também são alvos de ataques do papa contra a Igreja. Ele apela para que as comunidades eclesiais “não caiam nas invejas e ciúmes”. “Dentro do povo de Deus, quantas guerras”, lamenta o argentino. “A quem queremos evangelizar com estes comportamentos?”, atacou, indicando um “excesso de clericalismo”.

O papa ataca o “elitismo narcisista” entre os cardeais. “O que queremos? Generais de exércitos derrotados? Ou simplesmente soldados de um esquadrão que continua batalhando?”, questionou.

Até mesmo as homilias (sermão feito nas missas) são alvos de ataque do papa. “São muitas as reclamações em relação a este importante ministério e não podemos fechar os ouvidos." Bergoglio insiste que ela não deve ser nem uma conferência e nem uma aula. “Temos de evitar uma pregação puramente moralista”.
Um ataque especial vai também aos religiosos que não se preparam devidamente para as missas. “Um pregador que não se prepara não é espiritual, é desonesto e irresponsável”, escreveu. Quanto às confissões, o argentino é ainda mais duro: “não se trata de uma câmara de tortura”.

Mulher – O papa volta a defender um maior papel da mulher dentro da Igreja. “Ainda há necessidade de se ampliar o espaço para uma presença feminina mais incisiva na Igreja, nos diferentes lugares onde são tomadas decisões importantes”, defendeu. “As reivindicações dos direitos legítimos das mulheres não se podem sobrevoar superficialmente”, apontou.

Bergoglio deixa claro a posição da Igreja contrária ao aborto. “Entre os fracos que a Igreja quer cuidar estão as crianças em gestação, que são as mais indefesas e inocentes de todos, às quais hoje se quer negar a dignidade humana”, escreveu.

“Não se deve esperar que a Igreja mude a sua posição sobre essa questão. Não é progressista fingir resolver os problemas eliminando uma vida humana”, declarou.

Economiae política – Bergoglio ainda destina uma parte importante de seu texto à situação mundial e não deixa de atacar o modelo econômico que prevalece. “O atual sistema econômico é injusto pela raiz”, declarou. “Esta economia mata porque prevalece a lei do mais forte”.

“Os excluídos não são explorados, mas lixo, sobras”, atacou. “Vivemos uma nova tiraria invisível, por vezes virtual, de um mercado divinizado onde reinam a especulação financeira, corrupção ramificada, evasão fiscal egoísta”. O dinheiro, segundo ele, deve servir, e não dominar.

Para ele, esse modelo estaria promovendo uma “crise cultural profunda” nas famílias. “O individualismo pós-moderno e globalizado promove um estilo de vida que perverte os vínculos familiares”, alertou.

O papa ainda apela para que a Igreja não tenha medo de se envolver nos debates políticos e que faça parte da luta por influenciar grupos políticos para garantir maior justiça social. Para ele, os pastores tem “o direito de emitir opiniões sobre tudo o que se relaciona com a vida das pessoas”, escreveu. “Ninguém pode exigir de nos que releguemos a religião à secreta intimidade das pessoas”, declarou.

Sua luta contra a pobreza também fica claro no documento. “Até que não se resolvam radicalmente os problemas dos pobres, não se resolverão os problemas do mundo”, declarou, fazendo um apelo aos políticos. Em seu documento, ele volta a defender os “mais fracos”, os “sem-teto, os dependentes de drogas, os refugiados” e apela a países que promovam uma “abertura generosa” aos imigrantes. Para ele, existem “muitos cúmplices” nesses crimes.

O argentino, porém, não deixa de apelar “humildemente” aos países muçulmanos que garantam a liberdade religiosa para os cristãos, “tendo em conta a liberdade de que gozam os crentes do Islã nos países ocidentais”. “Uma adequada interpretação do Corão se opõe a toda a violência”, defendeu. Bergoglio, porém, insiste na necessidade de fortalecer o diálogo e a aliança entre crentes e não-crentes.

Apesar dos desafios, o papa insiste que os fiéis não devem desistir. “Se eu conseguir ajuda pelo menos uma única pessoa a viver melhor, isto já é suficiente para justificar o dom da minha vida”, concluiu.

Fonte: MSN/ESTADÃO

A cada dia me surpreendo mais com este papa. Desconfio que ele seja um agente do reino de Deus infiltrado no Vaticano e que será responsável pela maior reforma sofrida pela igreja católica desde de Constantino. Sem dúvida, o mais reinista dentre os pontífices romanos. rs

Ed René Kivitz - Paz

terça-feira, 26 de novembro de 2013

VOCÊ ACREDITA EM "COBERTURA ESPIRITUAL" DE PASTOR?


Oi, Caio...tudo bem? Meu nome é Marcelo e já nos correspondemos algumas vezes (lembra do Boteco dos Inconformados?). Sou um inconformado. Parece ser algo de dentro da minha alma, do meu ser. Não consigo ver o mundo neste caos e simplesmente relaxar, queria fazer algo... Mas me vejo pequeno frente a tudo isso...principalmente o mundo da religião que manipula tanta gente. Esta semana assisti um culto em São Paulo, uma pregação do Pr. Sila Malafaia. O pessoal gostou... Eu saí amargurado. A pessoa do pastor, do líder da igreja, foi engrandecida o tempo todo. Falou-se de tudo... Exemplo: que o capeta não toca um crente que tem um pastor forte e tal. Que temos que ter um pastor assim, e que devemos ofertar muito para o salário pastoral e tal. Quero deixar claro que não tenho nada contra o pastor ter um salário digno. Acho até que as igrejas deveriam recolher INSS e outros benefícios pra seus funcionários... Mas pregações que idolatram pastores ou o homem, e que falam do umbigo, me fazem mal devido a tantas experiências que já vi de homens que se aproveitam das ovelhas. Outro exemplo da pregação. O pregador falou: “Se você acha que devemos fazer o que está na Bíblia, fique em pé." Era aniversário do Pr. Jabes de Alencar. Daí, lógico, todo mundo fica em pé. Aí o pastor prega sobre o salário do Pr. Jabes, dizendo que está na bíblia que o pastor tem que receber em dobro (I Tm 5:17). Daí prega-se uma palavra de perfeição pastoral sobre o Jabes de Alencar (que não conheço muito e num tenho nada contra), e, no final, fala pra quem ficou em pé ofertar na vida do Jabes e que ele ( Silas ) iria profetizar bênçãos pra comunidade. Aí o povo que ficou em pé é constrangido a ofertar... putz... isso me irrita! Aí fala que aquele que está pensando algo contra, pra tomar “cuidado”... e tal... Daí conta um monte de experiências de pessoas que foram abençoadas dessa maneira (ofertando ), que levantou oferta pra um pastor e compraram um Mitsubishi Pajero pro pastor, pois ele é servo do Senhor... e tra lá lá... Ele também falou que quando um pastor fala, devemos cumprir, pois o pastor é autoridade de Deus na minha vida...Isso é verdade??? 1 - Será que eu virei um cético?? Será que o evangelho é isso... e coisas assim, desse tipo, e desse nível? Onde está a graça e a certeza de quem Deus é na dificuldade e nos dias escuros e na alegria? Como dói ver um povo... muita gente fazendo o que os líderes querem sem questionar... nada... Por sinal não pode questionar, pois o pastor é o servo do Senhor. Então eu pergunto: Até quando obedecer os pastores? 2 - Esse negócio de cobertura espiritual... como funciona à luz do Novo Testamento?. Essa história de que o Pastor tem que ser “o cara” e, assim, o demônio não chega perto das ovelhas, tem alguma base bíblica? Eu tenho visto um número enorme de pessoas sendo machucadas por homens que se chamam de líderes e pastores. Gente que busca uma espiritualidade verdadeira, cai na deles. Eu me amarguro com isso e não sei que resposta dar ao meu próximo que está machucado e ao meu interior que está inconformado com o que se chama de boa notícia....de evangelho... Eu achava que pastor tinha que ser servo. Ser o menor... olhar o próximo com amor e considerar esse próximo pelo menos igual a si mesmo. Eu achava que pastor deveria se prostrar e servir ao povo, brincar com o povo e trazer uma palavra também prática para o povo e muito mais.... Não sou mais evangélico, embora eu seja um Cristão. Bom deixei umas perguntinhas no texto acima. Se o senhor puder responder...? Um beijão Caio... aqui no site é muito legal... é meu refúgio... Marcelo ___________________________________________________________ Resposta: Meu querido amigo: Graça e Paz! Se você quiser saber o que penso da pessoa que você mencionou, basta você ler meu livro “Confissões de um Pastor”, no qual narro as impressões bem próximas que tive e tenho daquele prega-dor. Mas dele cuida Deus! Não é preciso dizer que tudo o que você narrou, em tendo acontecido assim, é absurdo, e, ao mesmo tempo, demonstra que tais pessoas sucumbiram de vez ao “sacerdotalismo da velha aliança”. Sim, eles são pessoas do Velho Testamento, nem cristãos ainda são, posto que, para eles, o “sacerdote” (eles) é o representante de Deus na Terra e é o mediador da aliança com os homens. Na velha dispensação, por exemplo, o sacerdote carrega o povo sobre si, seus pecados e ofertas de culto; mas, pelo menos, antes de fazer a expiação pelo pecado do povo, eles faziam por eles mesmos. Ou seja: até na velha aliança o sacerdote primeiro tinha que olhar seu próprio coração e confessar seus próprios pecados. Hoje, todavia, tais sacerdotes não pecam mais, não têm nada a confessar, e, além disso, ainda se auto-promovem como se fossem, eles próprios, os salvadores das ovelhas. Conforme o Evangelho, verdadeiros pastores não pensam assim. Assim pensam os falsos pastores denunciados pelo profeta Zacarias, aos quais Jesus chamou de lobos e mercenários. Desculpe-me a franqueza, mas eu seria um hipócrita se fizesse qualquer que fosse a média aqui. E como tudo o que você narrou aconteceu em público, e como em público eu já disse antes o que penso sobre a pessoa mencionada, não retirei os nomes citados, embora, em geral, eu assim proceda. Vamos às suas questões: 1. Ele também falou que quando um pastor fala, devemos cumprir, pois o pastor é autoridade de Deus na minha vida...Isso é verdade??? Resposta: Somente a Palavra de Jesus é autoridade sobre a sua vida. E um líder espiritual não é autoridade sobre ninguém. Se ele é coerente com o Evangelho, e se ele discerne o Evangelho para a vida, então, ele carrega autoridade. Tal autoridade, porém, nunca é por ele cobrada, pois, caso o faça, perde a autoridade. Paulo reclamou muito acerca de que sua autoridade não se fazia real entre os Coríntios, por exemplo. No entanto, a aflição dele não tinha nada a ver com uma autoridade que fizesse dele um Barão Espiritual da Igreja. Na realidade, ele trabalhava de graça na maioria das vezes. O que ele demandava era que os Coríntios não se deixassem enganar por aqueles que se diziam autoridades espirituais, mas que entre eles estavam apenas para perverter-lhes o entendimento na fé, e também a fim de aproveitarem-se financeiramente deles. Ainda no primeiro século já havia muitos que pregavam a fim de ver se tomavam dinheiro das pessoas. Assim, meu irmão, não obedeça a pastores, mas ao Evangelho; e ouça o que dizem os pastores que genuinamente ensinam a Palavra. O mais é entre você, Deus, e sua consciência. 2. Será que eu virei um cético?? Será que o evangelho é isso... e coisas assim, desse tipo, e desse nível? Onde está a graça e a certeza de quem Deus é na dificuldade e nos dias escuros e na alegria? Como dói ver um povo... muita gente fazendo o que os líderes querem sem questionar... nada... Por sinal não pode questionar, pois o pastor é o servo do Senhor. Então eu pergunto: Até quando obedecer os pastores? Resposta: A pergunta final já está respondida antes. Quanto a primeira pergunta — Será que eu virei um cético?? Será que o evangelho é isso... e coisas assim, desse tipo, e desse nível? —, devo dizer que é para ser cético disso aí mesmo. Se você é cético em relação a isso, saiba, então, que eu sou o mais absoluto incrédulo, posto que o que fazem não é conforme o Evangelho, e, nem tampouco eles o são enquanto assim procederem. Não dá mais para cobrir o sol com a peneira! 3. Esse negócio de cobertura espiritual... como funciona à luz do Novo Testamento?. Essa história de que o Pastor tem que ser “o cara” e, assim, o demônio não chega perto das ovelhas, tem alguma base bíblica? Resposta: Quanto ao pastor ter que ser “o cara” para proteger as ovelhas, digo que não existe tal coisa. É balela para enganar os trouxas. É como o espírito do feitiço, da macumba, do despacho; é um espírito pagão em relação ao Evangelho. Quem nos guarda é o Senhor. E tenho pena dos pastores que dizem tais coisas, pois, estão invocando sobre eles mesmos a ira de Deus. Deus não dá Sua Glória a outrem. E pobre daquele que brinca com isto. Quanto ao mais, a Palavra ensina que quem está “em Cristo”, está guardado no amor de Deus. Sim, está livre da morte, da vida, das coisas do presente e do porvir, das alturas, das profundidades, e até mesmo de qualquer criatura. E o maligno não lhe toca! O resto é parte do esquema de assalto e estelionato que se pratica em nome do Evangelho todos os dias. Grande é a ira de Deus sobre os que falsificam Sua Graça e adulteram Sua Palavra. É melhor ir a um bordel do que subir num púlpito para manipular almas sedentas de Deus. Sim, menos rigor haverá para os que freqüentam bordeis do que para aqueles que manipulam o povo de Deus e se aproveitam do Bom Nome que sobre nós é invocado, a fim de assaltarem as almas dos homens. Quanto a você, sugiro que você use de modo criativo e amoroso a sua “inconformação”, pois, “inconformados” estéreis, acabam ficando amargos, paralisados, e paralisantes. Não existe isto de ser pequeno. Tudo que Deus faz, começa pequeno e é feito de muitos pequenos. Tudo. Portanto, seja você, de modo propositivo, no âmbito de sua vida, aquele que anuncia a Boa Nova. Ou você pensa que para falar de Deus o cara tem que ter aquele circo lá? Ou é isto que você quer para você? Assim, me mostre seu inconformismo com atos, não com reclamações. Sim, por que você não começa a reunir os amigos para ler a Palavra, conversar e orar? Inconformados que apenas sofrem, e nada fazem, são com certeza os grandes amargurados de amanhã. Assim, não se inconforme apenas, mas busque ser a veste nova e o odre novo da presente hora. Receba meu abraço! Nele, que deu a vida pelas ovelhas, Caio

O LAVADOR DE ALMAS


Acabo de ver o filme que em português ganhou o nome de “O Lavador de almas”, e que trata da história real de Albert Pierrepoint, que viveu entre 1905 e 1992, e foi o mais famoso membro da família de Yorkshire, a qual forneceu três gerações de Chefes de Execuções da Inglaterra.

Para quem desejar mais informações basta ler no link http://en.wikipedia.org/wiki/Albert_Pierrepoint

No total Pierrepoint executou por enforcamento, em nome da Inglaterra, de modo oficial, mais de seiscentas pessoas, entre 1932 e 1955.

Além de excelentes performances artísticas dos atores e atrizes, o filme é tragicamente belo por revelar o processo psicológico de tentativa de isenção de um “carrasco” que acreditava que seu “trabalho” poderia ser “deixado fora dele”. Ou seja: fora de sua própria mente e coração.

Além disso, o filme mostra como o “Estado” tem um papel de corrente de transferências de responsabilidade diabólica. Assim, quem julga e decide a pena, dorme “em paz”; e quem a “executa”, também “dorme em paz”.

É a mesma psicologia dos que são contra a morte de uma galinha, mas adoram comer uma “coxinha”.

Também é evidenciada no filme a força perversa da mídia, a qual, quando interessa, promove o indivíduo, e, quando ele não interessa à venda de notícias, o mata sem deixá-lo morrer aos olhos do público.

Pode-se ver também como as mudanças sociais (as quais fazem o que é louvado hoje ser abominado amanhã) sempre focam seu alvo de ódio (uma vez havendo a mudança de paradigma “moral”) na parte final do processo. Ou seja: naquele que torce o pescoço da galinha.

O que é forte ante a percepção é o processo de suposta isenção que uma corrente de “diluição de responsabilidades” pretende produzir na mente dos implicados. Afinal, “it only my job” — diz cada ser humano membro da cadeia de eventos.

O problema é que a alma não acredita nisso, e, mais cedo ou mais tarde, cobra seu próprio pagamento pela execução dos trabalhos de auto-aniquilamento da consciência individual.

O filme é muito útil a todo aquele que julga que na engrenagem da maldade, a consciência pode ter paz pela suposta auto-justificação de que aquele ato é apenas a seqüência de um processo decisório sem pai e sem mãe éticos.

Na realidade, de um modo ou outro, todos nós fazemos parte de uma engrenagem de morte que, de tão difusa, nos apresenta um cenário psicológico que viaja do ente Absoluto que é o “Estado” (sem pai, sem mãe e sem densidade individual), até o executor físico das medidas, as quais, são por ele praticadas com a suposta isenção que diz: “Isto é apenas um negócio. Portanto, não é nada pessoal”.

O Juiz que decidiu o faz mediante a frieza da Lei, e, no fim do processo, o executor o faz crendo na responsabilidade do Estado. Assim, se crê que ninguém fez mal a ninguém (ou matou ninguém), mas apenas cumpriu seu papel numa cadeia cheia de elos sem responsabilidade individual existente em qualquer deles; pois, de fato, a responsabilidade primeira e final é da Lei e do Estado, ambas as coisas intangíveis para a percepção do indivíduo.

A alma, todavia, não está sujeita à Lei dos Homens, pois, é dotada de uma Lei mais profunda, a qual, jamais está de todo submissa à Moral das circunstâncias e dos acordos da Sociedade (outro ente imaterial, porém, carregado de responsabilidade intangível).

De fato, Deus colocou Sua Lei no coração do homem, e, em oposição sistemática a ela ninguém mantém a sanidade, mesmo que se diga amparado pela Lei Moral criada pelos caprichos ou passageiras compreensões da Maioria.

Os auto-enganos elaborados pela mente na busca de auto-justificação têm poder relativo, e, com o passar do tempo, nada mais funciona quanto a aplacar a verdade que habita o interior humano — ainda que por vezes tal prevalência da verdade do ser contra a moral humana ou contra a Lei da civilização, leve anos para acontecer.       

Ninguém quer fazer o trabalho sujo. Ninguém quer torcer o pescoço da galinha. Assim, o que decide o faz baseado na culpabilidade do acusado segundo a Lei; e quem executa a ordem o faz fundado na responsabilidade de quem mandou que ele assim fizesse, segundo a Lei.

A alma, entretanto, não consegue existir para sempre sob os sacrifícios de “bodes e touros”, e, ao final, levanta-se como carrasco daquele que violou a Lei do Coração.

Alias, o próprio Albert Pierrepoint desenvolveu seus próprios ritos de auto-justificação. Pois, cria que uma vez mortas, aquelas pessoas por ele executadas em nome do Estado, estavam inocentes, posto que pela morte haviam pagado seus próprios pecados contra o próximo. Desse modo, ele tratava os corpos com a delicadeza litúrgica com a qual um padre trata a hóstia em solenidade eucarística.

Até o dia em que Albert começa a executar os que dizem com a boca e os olhos que são inocentes.

Até o dia em que seu talento de executor é celebrado pelas autoridades inglesas, desejosas de dar ao mundo um espetáculo de firmeza-limpa, e pedem ao “carrasco” que vá à Alemanha executar oficiais do alto escalão Nazista, após a guerra. Lá ele começa a surtar sob imenso auto-controle exterior...

Até que seu único amigo mate a amante e ele tenha que passar à volta do pescoço do companheiro de diversão a maldita corda da forca. E isso enquanto o amigo agradece a ele...

Então, vêm os remorsos, as culpas, os pesadelos e as angustias. E, sobretudo, vêm as auto-punições. Sim! Chega a hora da consciência violada pelo “Direito” se tornar o carrasco de si mesma.

Um dia Albert Pierrepoint teve a coragem (ainda que a principio auto-enganada) de por um fim na história de sua família de carrascos. E, em razão de tal decisão, provavelmente tenha dado a si mesmo a chance de grande longevidade, pois viveu mais 40 anos, tendo morrido com mais de 90 anos de idade, em 1992.

As grandes lições do filme são essas aqui mencionadas, e nenhuma delas é coisa de somenos importância para a consciência humana.


Caio

Ed René Kivitz - Libertação

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O BRASIL DA COPA, DO COPO E DA MESMA COISA!...


O Brasil rico é uma tristeza. Sim, porque um Brasil pobre e pobre era até justificável em suas burrices e procrastinações. Em tal caso, até a corrupção era menos agressiva, visto poder ser encarada como ato de desespero de oportunistas ou emergentes ao poder. Porém, o Brasil das estatísticas econômicas globais é um acinte ao que se tem e pode e não se faz.

Então se diz: “Mas é que ainda é cedo para aparecer o resultado!”

Todavia, o resultado em gastos de turistas no exterior, do consumo interno e externo, do aumento da corrupção, e o do espirito “emergente” foi instantâneo...

É o mesmo Brasil que temos; só que com a ufania de ter dinheiro no cofre e pra gastar. E gastar mal; ou ainda: gastar pior do que se poderia imaginar.

São ações de grandeza de um ex-mendigo que ganhou na Loteria. São gastos perdulários e sem critério. São bilhões para a Copa e as Olimpíadas enquanto as obras de infraestrutura arrastam-se na burocracia e na mesmice dos vícios dos oportunismos da corrupção. Essa já é uma Copa perdida antes do time entrar em campo...

Essa Copa foi perdida em Friburgo, em Angra, na Região Serrana do Rio, em Minas Gerais, e no Nordeste; para onde o dinheiro enviado tanto é pouco como não aparece jamais nas obras de reconstrução patrocinadas pelas tragédias naturais.

Essa Copa foi perdida na Saúde vergonhosa, no sistema escolar pobre e desassistido, nas estradas pavorosas de tanto perigo, nas obras abandonadas, nos desvios bilionários, no Congresso ainda bandido, no Judiciário vaidoso e fisiológico quanto a sua própria corrupção, no jogo de equilíbrio politico despudorado nos seus conchavos, nos bolsões de miséria nunca esvaziados, na negligencia ao meio-ambiente, nos Lobbies poderosos e desavergonhados, na imutabilidade do sistema; para o qual se pede tempo [...], pois se diz que é ainda é cedo pra mudar.

Este Brasil é como essa Copa!

O Brasil Copa é o Brasil que somos!

Sim, do mesmo modo que a Copa já perdida antes de começar, está o Brasil, perdido pelo sistema de Segurança e pelas Policias, tanto mal pagas como também humanamente desqualificadas.

Não foi o Brasil que mudou; foi o mundo que piorou tanto em relação ao que era [...], que nós aparecemos na oportunidade aleatória deste novo tempo.

Nosso sucesso foi a desgraça dos outros!

O Brasil, no entanto, é um emergente com todos os surtos de um emergente. É falastrão, é esbanjador, é escandaloso, é devotado às demonstrações tópicas de prosperidade, é um playboy da periferia...

Os bens de consumo estão presentes em casas caindo sobre esgotos entupidos; os carros lotam as cidades inundadas; o dinheiro sobeja em um comercio a cada dia mais assaltado pela insegurança publica; posto que a cultura da pobreza não tenha sido mexida pela educação e pelo exemplo dos governantes.

Sim, estamos assistindo a riqueza da gambiarra...

Por enquanto o que se tem é o Brasil dos jeitinhos com dinheiro no bolso, mas sempre magico nas suas expectativas de prosperidade e sucesso.

Desse modo, o que preocupa é essa riqueza sem caráter na sua gestão, e sem a devida seriedade na sua aplicação.

O Brasil não mudou, pois, caso tivesse mudado, não seria difícil definir coisas básicas como a Lei da Ficha limpa. Ora, este é um dos sinais de que a Economia mudou, mas que o Brasil não mudou; posto que se tenha ainda enorme conflito quanto a definir qual seja o caráter dos que possam exercer o poder.

São os mesmos nomes, os mesmo agentes políticos e os mesmos vícios; a diferença é que os viciados receberam uma herança inesperada; uma dádiva da natureza em tempos de empobrecimento global.

A riqueza do Brasil é a tragédia Global!

Assim, o Brasil não está melhor; os Estados Unidos é que pioraram; a Europa é que piorou; o mundo é que se desgraçou; enquanto a sorte nos alcançou com uma herança natural e com circunstâncias por hora favoráveis. Mas se o caráter da autoimagem do Brasil não mudar, seremos ricos na favela, endinheirados da pocilga, abastados nas rodinhas dos bares erguidos sobre os esgotos mal cheirosos de sempre.

Ora, se até para fazermos bem as coisas visíveis e de repercussão mundial que assumimos [...], como a Copa do Lula e do Sergio Cabral [...] nós andamos com a lerdeza e os vícios de sempre, maltratando a inteligência de quem vê pela demonstração de que afora os atrasos de tudo, a infraestrutura de Aeroportos, transportes públicos e outros serviços essenciais ao Show não são feitos com seriedade, que pensar das demais coisas, sem tanta visibilidade?

Assim, pergunto: Brasil rico, para quem?

O Brasil será um país rico quando todos esses números se expressarem em qualidade de vida, de saúde, de educação, de segurança publica, de qualificação do Congresso e do Judiciário; e, em tempos como estes, em politicas de meio-ambiente que reflitam a seriedade do caráter nacional. Enquanto isto [...] somos apenas os novos ganhadores da Mega Sena Global.



Caio

Ed René Kivitz - Compartilhar

domingo, 24 de novembro de 2013

VOCÊ QUER VITÓRIA NA ARGUMENTAÇÃO?…


Sempre que alguma coisa ameaça a crença cristã, alguns me pedem para responder algo...; e não é de hoje.
No passado eu até respondia bem mais, e buscava atender aos que me pediam coisa assim...
Hoje [e não é de hoje!], no entanto, pergunto sempre a mim mesmo: “Quem precisa de tal resposta? Eu? A pessoa que pediu? Ou será apenas por que é algo fácil de responder?...”
Na realidade eu não creio que argumentação responda nada, exceto para os que já aceitam a argumentação, especialmente quando o tema é “Deus”.
Entretanto, quando o tema é Deus, não pode haver argumentação...
Um “Deus” que caiba em argumentos não é Deus!
Por isto me nego a responder quando Deus é o tema...
Poço responder e argumentar quando o tema é finito, mas quando é infinito, paro e deixo, afinal, como posso eu entrar no Infinito por mim mesmo?
Argumento sobre a criação, a natureza das coisas, sobre as criaturas, e, especialmente, sobre o homem; pois, sendo eu um homem, me é mais alcançável o assunto que diga respeito ao homem...
Deus, entretanto, não me está Disponível!...
Sim, posto que Ele seja totalmente Indisponível para o meu alcance...
Não acho disponibilidade divina para meu argumento sobre Deus... Se bem que não tenho nenhum argumento mais...
Deus é!
Quem puder saber pela entrega..., esse saberá; mas quem não quiser se entregar..., esse jamais saberá...
Afinal, Deus é assim... Poderoso e sutil... Esmagador e imperceptível... Obvio e oculto... Tão disponível à fé quanto Indisponível ao argumento...
Mas por que será que muita gente se angustia quando Deus é tratado com desdém? Sim, quando Deus é dito como não sendo e nem existindo?... Será por causa de Deus que se afligem?
Na realidade há aqueles que se angustiam por Deus e pelo homem que diz “não há Deus”...
No entanto, a maioria sofre mesmo é por sua própria causa; sim, pela sua sensação de ameaça à crença aceita..., a qual por vezes é questionada por uns poucos na Terra...
De fato, quando Deus é o tema, a angustia humana é quase sempre a daqueles que dizem crer Nele, mas que na realidade apenas vivem da crença argumentativa acerca de Deus!
Daí Deus estar ameaçado sempre que alguém diga “Eu não creio em Deus”, pois, de fato, os crentes em Deus se sentem ameaçados, ou, outras vezes, sentem que o argumento mexeu com eles, e, assim, angustiam-se pensando: “Se eu fui mexido pelo argumento, que não dizer dos demais?”
Então, sutilmente, sem que admitamos, nos angustiamos supostamente em razão dos outros, os que seriam atingidos pelo espírito da descrença, quando, na realidade, a angustia é nossa..., só que projetada e transferida para outros...
Sobre a negação da realidade de Deus, digo o seguinte mais uma vez:
Só é possível conhecer a Deus pela fé!
Portanto, como posso pedir que alguém que nunca provou Deus creia em Deus?
Sim, pois, pela Sua própria Natureza, Deus estaria sempre para além do argumento; o que, de fato, me põe em silencio ante aquele que argumenta, pois, se quem argumenta não provou, nada tenho a dizer; posto que seja impossível falar de Deus para quem não provou Deus...
Sim, posso discutir Deus com quem não provou, mas não haverá eficácia em tal argumentação até que a vida traga seu argumento factual...
Somente Deus pode falar de Si mesmo de modo eficaz...
Eu, todavia, quando argumento Deus, o empobreço ao nível dos ídolos...
Então você pergunta:
Mas como posso então falar de Deus ao mundo?
Ora, Jesus disse que o único argumento é a vida de quem vive Deus em amor, não a existência de argumentos em favor de Deus.
Foi por isto que Jesus disse que o único argumento do crente é o silencio carregado de vida verdadeira em amor.
O mais é discussão improdutiva, e que não gera nada além da vaidade das argumentações inócuas...

Nele, que é,


Caio