terça-feira, 21 de janeiro de 2014

UM DIÁLOGO ENTRE LEONARDO BOFF E O DALAI LAMA


Tenho recebido de uns dias para cá o seguinte dialogo entre nosso querido Frei Leonardo Boff e o Dalai Lama, líder espiritual dos budistas e tibetanos.
Eis o dialogo:
Breve diálogo entre o teólogo brasileiro Leonardo Boff e Dalai Lama. 
  
Leonardo Boff explica: 
  
No intervalo de uma mesa-redonda 
sobre religião e paz entre os povos, 
na qual ambos participávamos, 
eu, maliciosamente, mas também 
com interesse teológico, 
lhe perguntei em meu inglês capenga: 
 - "Santidade, qual é a melhor religião?" 
Esperava que ele dissesse: 
"É o budismo tibetano" ou "São as religiões orientais, muito mais antigas do que o cristianismo." 
O Dalai Lama fez uma pequena pausa, 
deu um sorriso, me olhou bem nos olhos 
- o que me desconcertou um pouco, 
 por que eu sabia da malícia 
contida na pergunta - 
e afirmou:   
"A melhor religião é a que mais 
te aproxima de Deus. 
É aquela que te faz melhor." 
Para sair da perplexidade 
diante de tão sábia resposta, 
voltei a perguntar: 
 - "O que me faz melhor?" 
Respondeu ele: 
- "Aquilo que te faz mais compassivo 
(e aí senti a ressonância tibetana, budista, 
taoísta de sua resposta), 
aquilo que te faz mais sensível, 
mais desapegado, 
mais amoroso, 
mais humanitário, 
mais responsável... 
A religião que conseguir fazer isso de ti 
é a melhor religião..." 
Calei, maravilhado, 
e até os dias de hoje 
estou ruminando sua resposta 
sábia e irrefutável.


Leio um texto desses e fico feliz pelo Dalai Lama, que é mais cristão do que os cristãos, posto que se perguntado pela melhor religião, um cristão não deixaria de advogar o falido “Cristianismo”.
Mas lamento pela perplexidade gerada...
Afinal, é preciso ficar chocado com resposta do Dalai Lama quando é isso que o Evangelho ensina como coisa básica?
Ou será que o Evangelho já não nos diz nada?
Será que as verdades mais simples do Evangelho terão agora que nos ser contadas pelo Dalai Lama?
Aliás, o tema da Religião já um fracasso...
O Dalai Lama teria amado muito mais falar sobre Espiritualidades Sadias do que sobre Religião Melhor.
A reação do meu querido Frei Leonardo, é a de um colegial espiritual que encontrou um catedrático em uma matéria na qual ele já foi perturbado — a intolerância do Vaticano para com ele — e, por causa disso, a menor resposta boa soa como uma revelação inusitada.
O Dalai Lama apenas alongou o que Jesus disse de modo simples:
“O que quereis que os homens vos façam, fazei vós isto antes a eles, pois, essa é a síntese de todas as virtudes”.
Tiago, o irmão do Senhor, disse que a verdadeira religião [para quem gosta disso ou do termo] é simples: é cuidar dos órfãos e viúvas em suas necessidades e manter o coração limpo de malicia.
Nesse quesito, no entanto, bem antes do Dalai Lama, Gandih [Mahatma Gandhi - Wikipédia, a enciclopédia livre] disse a um homem que havia matado um mulçumano que assassinara seu filho na guerra cível entre Indianos e Paquistaneses, que sabia um modo de ele se redimir de seu crime.
Ele disse:
“Pegue um menino mulçumano da idade do seu filho que o mulçumano matou; e, assim, crie o menino com todo amor, mas o faça na religião dos pais dele, e não na sua religião”.
No fim nada é maior do que Jesus ensinou na chamada História do Bom Samaritano.
Com todo respeito pelo querido Leonardo Boff, mas é assim que sinto.

Nele, que não chama para nada além do obvio, conforme o Dalai Lama afirmou em consonância com Jesus,


Caio

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